quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Ministra de Negócios Estrangeiros da Suécia interpelada no Parlamento sobre as perfurações de empresas petrolíferas nos territórios ocupados do Sahara Ocidental




A ministra de Negócios Estrangeiros da Suécia, Margot Wallström, em resposta escrita a interpelação no Parlamento da deputada Lotta Johnsson Fornarve [Partido da Esquerda]:

Que iniciativa estaria a Suécia disposta a tomar na Suécia e a nível internacional para pôr fim às perfurações de petróleo frente às costas do Sahara Ocidental?

A ação e posição do Governo da Suécia dentro da União Europeia e das Nações Unidas no que concerne ao conflito do Sahara Ocidental baseia-se no direito internacional.

Para que a exploração dos recursos naturais do Sahara Ocidental esteja em conformidade com o direito internacional e em consonância com a opinião consultiva legal do ex-responsável do departamento Jurídico das Nações Unidas, Hans Corell, em 2002, deveria satisfazer as necessidades e o interesse do povo Saharaui e, inclusive, os possíveis rendimentos redundariam em seu benefício e deve estar em conformidade com os seus desejos.

Baseando-se nesses critérios, a Suécia decidiu votar não ao acordo de pesca e ao seu protocolo entre a UE e Marrocos em 2006 e em 2013. Partindo dessa base, este Governo é de opinião que Marrocos não tem direito a explorar os recursos naturais finitos existentes no Sahara Ocidental sem considerar a vontade dos Saharauis.

O governo coloca constantemente a questão do Sahara Ocidental no seu diálogo bilateral com Marrocos. Há também um diálogo permanente no âmbito da Associação UE-Marrocos sobre a evolução da situação no Sahara Ocidental. A questão também foi discutida no mesmo quadro com Marrocos, em Dezembro de 2014.


Estocolmo, 13 de janeiro de 2015. Margot Wallström: Ministra de Negócios Estrangeiros da Suécia

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