Segundo “Zouerat
Media“, no dia 29 de agosto, Hamdi Ould Sid’Ahmed, pastor de origem mauritana,
de 42 anos, morreu em consequência de graves ferimentos produzidos pela explosão
de uma mina terrestre.
O acidente ocorreu
quando o pastor se encontrava com o seu rebanho de camelos a escassos 200
metros do muro marroquino no Sahara Ocidental, a sudoeste da cidade de
Tifariti, nos territórios libertados que se encontram sob controlo da Frente
Polisario. Trata-se de uma zona de deserto pedregoso, no limite fronteiriço com
a Mauritânia, com elevada concentração de minas e artefactos explosivos de
guerra. Os nómadas –não raras vezes e sem o saberem – passam os limites da zona
de segurança assinalada, que alerta para o alto perigo de restos bélicos, para atingirem
os pastos próximos do poço de Oum Grim.
Segundo
parece, Hamdi Ould Sid’Ahmed foi identificado por um companheiro de trabalho,
que entregou a sua documentação às autoridades mauritanas. As congéneres saharauis,
por seu lado, coordenaram-se de imediato com as suas homólogas mauritanas para o
enterro do cidadão mauritano.
Neste ano de
2015, as minas terrestres, bombas de fragmentação e outros restos de explosivos
de guerra abandonados de um e de outro lado do muro marroquino fizeram já 26 vítimas
em todo o território do Sahara Ocidental, com um balanço de 9 mortes e 17 feridos
de diferente gravidade, para além de dezenas de animais dos rebanhos dos
pastores nómadas.
Fonte: Dales
Voz a las Víctimas / Zouerate Media (original em árabe)
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