quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Se Espanha tivesse aguentado a pressão de Marrocos no Sahara não teria havido guerra. Não havia perigo real"




A 14 de novembro de 1975, faz agora 40 anos, Espanha violou a legalidade internacional e entregou o Sahara Ocidental a Marrocos e à Mauritânia faltando à sua própria palavra. Espanha tinha-se comprometido a descolonizar e a realizar um referendo de autodeterminação no território mas, em vez disso, executou a entrega do mesmo aos mencionados países. Quarenta anos depois desse acontecimento e 24 anos depois do cessar-fogo entre a Frente Polisario e Marrocos, metade da população saharaui vive em condições infra-humanas nos acampamentos de refugiados da Argélia e a outra metade sob a ocupação marroquina no Sahara Ocidental.



O professor de História na Universidade Rei Juan Carlos de Madrid,  José Luis Rodríguez Jiménez,  publica “Agonía, traición y huida” (Crítica), uma crónica cheia de testemunhos e papéis privados de políticos e militares que testemunham o abandono de Espanha do Sahara no meio do desinteresse e da incompetência do franquismo. "Intitulei-o assim porque é a agonia do franquismo, com um ditador morrendo na cama e o seu braço-direito assassinado [o Almirante Luis Carrero Blanco]; a fuga, porque a saída de Espanha vai ser precipitada obrigando os civis a partir; e traição, porque Espanha em maio de 1975 muda o seu discurso e vai atuar de forma contrária ao que há décadas vinha dizendo em relação ao Sahara".

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