O ministro de Negócios Estrangeiros da República Saharaui,
Mohamed Salem Ould Salek, afirmou quinta-feira em Argel que os esforços das Nações
Unidas para a solução da questão saharaui esbarram com os “obstáculos marroquinos”.
“Os esforços da ONU para a solução da questão saharaui esbarram
antes os obstáculos de Marrocos”, afirmou à imprensa Ould Salek depois de ser
recebido pelo ministro argelino dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional,
Ramtane Lamamra e afirmou que a Frente Polisario e o governo saharaui estão a
trabalhar com as Nações Unidas para a descolonização do Sahara Ocidental, a
última colónia em África.
O ministro saharaui pediu à comunidade internacional que
assuma as suas responsabilidades para com o povo saharaui e o seu direito à livre
determinação e à aplicação das resoluções da ONU.
Ould Salek agradeceu à Argélia e ao presidente da
República argelina, Abdelaziz Bouteflika, pela sua “posição de princípio a
favor da lei e legalidade da luta do povo saharaui e a de todos os movimentos
de libertação no mundo e à luta dos povos pela independência “, afirmou.
O ministro saharaui disse que as suas conversações com o
seu homólogo argelino — que descreveu
como “frutíferas”— se haviam centrado na “evolução da questão saharaui, a
cooperação bilateral e a agenda da próxima sessão ordinária da União Africana
(UA)”.
O tema da segurança e da paz, em que se inclui a questão do
Sahara Ocidental, estará na agenda desta cimeira, recordando o dirigente
saharaui que a última cimeira de Joanesburgo “pediu à ONU que marque uma data para
a realização de um referendo para a autodeterminação do povo saharaui”.
O Sahara Ocidental, como membro da União Africana,
concede especial importância à consolidação da paz e da segurança em África, à cooperação
e colaboração entre os Estados membros e à intensificação dos esforços para
promover unidade e a união entre os seus povos.
Fonte: SPS
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