segunda-feira, 21 de março de 2016

Polisario condena a decisão de Marrocos expulsar a componente civil da MINURSO



O membro do Secretariado Nacional da Frente Polisario e ministro dos Negócios Estrangeiros da RASD, Mohamed Salem Ould Salek, condenou energicamente a “irresponsável” decisão de Marrocos de expulsar os efetivos civis da Missão das Nações Unidas para o Referendo de Autodeterminação no Sahara Ocidental (MINURSO).

“O Governo saharaui e a Frente Polisario condenam energicamente este ato irresponsável do ocupante marroquino e responsabilizam Marrocos pelas consequências que possam resultar da sua aplicação”, afirma Ould Salek em comunicado dado a conhecer hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da RASD.

Para o titular de das Relações Exteriores saharaui a decisão de reduzir o pessoal civil, político e administrativo da MINURSO significa “o fim da missão para a qual se criou esta missão da paz da ONU”.

Ould Salek advertiu que esta decisão de Marrocos pode empurrar o povo saharaui “ao reatamento da luta armada”.

O chefe da diplomacia saharaui recordou que o cumprimento por ambas as partes do cessar-fogo “depende do referendo cuja organização foi confiada à componente civil da MINURSO” no âmbito do acordo entre as ambas partes, Marrocos e o Sahara Ocidental, sob os auspícios das Nações Unidas e a Organização da Unidade Africana (OUA) em 1991.

A parte saharaui faz um “apelo urgente” ao Conselho de Segurança para que assuma as suas responsabilidades como primeiro responsável da MINURSO e garante do cumprimento da missão para a qual foi criada a organização do referendo de autodeterminação no Sahara Ocidental.

“O povo saharaui não aceita que a MINURSO se converta no protetor do ocupante marroquino ou se limite à manutenção do cessar-fogo em completa contradição com o acordo entre as partes, em flagrante violação da legitimidade internacional e um perigoso desafio aos poderes e responsabilidades do Conselho de Segurança da ONU”, indica  Ould Salek.



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