O membro
do Secretariado Nacional da Frente Polisario e ministro dos Negócios
Estrangeiros da RASD, Mohamed Salem Ould Salek, condenou energicamente a
“irresponsável” decisão de Marrocos de expulsar os efetivos civis da Missão das
Nações Unidas para o Referendo de Autodeterminação no Sahara Ocidental (MINURSO).
“O Governo
saharaui e a Frente Polisario condenam energicamente este ato irresponsável do
ocupante marroquino e responsabilizam Marrocos pelas consequências que possam
resultar da sua aplicação”, afirma Ould Salek em comunicado dado a conhecer hoje
pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da RASD.
Para o
titular de das Relações Exteriores saharaui a decisão de reduzir o pessoal
civil, político e administrativo da MINURSO significa “o fim da missão para a qual
se criou esta missão da paz da ONU”.
Ould Salek
advertiu que esta decisão de Marrocos pode empurrar o povo saharaui “ao reatamento
da luta armada”.
O chefe da
diplomacia saharaui recordou que o cumprimento por ambas as partes do
cessar-fogo “depende do referendo cuja organização foi confiada à componente
civil da MINURSO” no âmbito do acordo entre as ambas partes, Marrocos e o Sahara
Ocidental, sob os auspícios das Nações Unidas e a Organização da Unidade
Africana (OUA) em 1991.
A parte
saharaui faz um “apelo urgente” ao Conselho de Segurança para que assuma as suas
responsabilidades como primeiro responsável da MINURSO e garante do cumprimento
da missão para a qual foi criada a organização do referendo de autodeterminação
no Sahara Ocidental.
“O povo saharaui
não aceita que a MINURSO se converta no protetor do ocupante marroquino ou se
limite à manutenção do cessar-fogo em completa contradição com o acordo entre
as partes, em flagrante violação da legitimidade internacional e um perigoso desafio
aos poderes e responsabilidades do Conselho de Segurança da ONU”, indica Ould Salek.
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