quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Guterres: A descolonização tem sido uma das tarefas decisivas da ONU




O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou o seu compromisso com a agenda de descolonização, que descreveu como um dos mandatos decisivos do organismo mundial.

Ao falar na primeira reunião organizativa de 2017 do Comité de Descolonização, Guterres traçou um relato pessoal do que viveu em Portugal durante a ditadura de Antonio Salazar e de como a luta pela democracia no seu país esteve associada à descolonização de vários territórios em África e na Ásia.

Recordou as guerras impostas aos povos de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde e os estreitos vínculos que se criaram entre os democratas portugueses e os movimentos de libertação desses países.

Guterres afirmou que desde então acompanhou de muito perto os trabalhos do Comité, também conhecido como Comité Especial dos 24, e ressaltou o longo percurso percorrido desde a sua criação pela Assembleia Geral da ONU.

“Quando foi criado em 1962, a ONU tinha 110 Estados. Hoje já são 193 os membros e a maioria dos novos são ex-colónias. Este Comité Especial jogou um papel vital no processo, cumprindo fielmente o mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral”, afirmou Guterres.

O titular da ONU sublinhou que não obstante os avanços significativos, restam ainda 17 territórios sob a sua jurisdição e expressou ao Comité o seu compromisso de o assistir na procura do formato apropriado e do momento oportuno para completar a descolonização, tomando em conta as circunstâncias particulares de cada território.

Durante a sessão, o representante permanente da Venezuela junto da ONU, Rafael Ramírez, foi reeleito presidente do Comité de sessão de 2017.


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