Lima, 23/09/17 (VSOA) - A diplomata saharaui Jadiyetu El Mohtar está há 15
dias retida no aeroporto de Lima. Até esta manhá a situação era de expectativa
no departamento de Migrções, à eda resolução que lhe permita a entrada no país.
No entanto, ainda há poucas horas retiraram-na da sala que ocupava e
obrigaram-se a no corredor, sentada no chão e rodeada de agentes da autoridade.
Importa destacar que esta medida tinha sido tomada como represália pela concentração
que teve lugar ontem (e em que participaram deputados, ativistas e intelectuais)
reclamando a libertação da diplomata saharaui e que seja dada permissão de
entrada no país.
Várias pessoas de todas as partes do mundo tem-se solidarizado com Jadiyetu
El Mohtar repudiando esta medida. Entre elas, está a jornalista peruana Tania
Temoche, a qual na sua página de Facebook, caracterizou esta situação como um
“inqualificável atropelo à dignidade humana”, realtando o que se passou:
“Aproveitando um momento em que a embaixadora saharaui, Jadiyetu El
Mohtar Sidahmed, foi à casa-de-banho, pessoal do departamento de Migrações
retirou os seus objetos pessoais e impediu o seu regresso à sala onde se
encontrava alojada, obrigando-a a permanecer no corredor (sentada) rodeada por polícias.
É esta a política de relações internacionais do nosso país? O ministério dos
Negócios Estrangeiros está calado em todas as línguas, avalizando o ABUSO
contra uma diplomata que representa um povo que luta por pôr fim à situação de
última colónia em África. Reclamamos que seja facilitada a sua entrada formal no
nosso país, mais ainda quando, desde há duas semanas esta diplomata se encontra
detida ilegalmente no aeroporto Jorge Chávez. As instituições e pessoas dignas têm
que se pronunciar”.
Sem comentários:
Enviar um comentário