O Conselho de Segurança da ONU reunir-se-á em Abril para discutir a situação no Sahara Ocidental, de acordo com fontes bem informadas consultadas pelo periódico digital ECSaharaui. O mais alto órgão decisório da ONU, em abril sob a presidência do Vietname, agendou uma sessão de consulta à porta fechada na quarta-feira, 21 de Abril de 2021, durante a qual ouvirá, como habitualmente, um briefing do Secretariado da ONU e do Representante Especial e Chefe da MINURSO, o canadiano Colin Stewart.
O Vietname assumirá a presidência do Conselho de Segurança da ONU em Abril. Tal como outros países, o Vietname está a esforçar-se por deixar a sua marca ao assumir a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Abril próximo, disse o Embaixador Dang Dinh Quy, chefe da missão de Hanói à maior organização do mundo.
Note-se que a ONU permanece em silêncio sobre a violação por parte de Marrocos do cessar-fogo no passado dia 13 de novembro de 2020, enquanto Marrocos continua a negar a existência da guerra, ocultando as perdas sofridas pelas suas tropas. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reconheceu a 11 de Março último o surto de guerra no Sahara Ocidental, depois de Marrocos ter violado o cessar-fogo a 13 de Novembro de 2020.
Num relatório oficial apresentado para aprovar o orçamento da missão da MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) para o período de Julho de 2021 a Julho de 2022, o Secretário-Geral da ONU reconheceu os confrontos militares actualmente em curso entre os exércitos saharauis e marroquinos. No seu relatório, Guterres manifestou preocupação com a continuação dos confrontos armados, e disse que a missão da MINURSO irá exercer os seus esforços para a cessação das hostilidades. O Secretário-Geral salientou que "a missão da MINURSO enfrenta agora grandes desafios após o recomeço da guerra e preocupações de segurança, especialmente em áreas próximas do muro militar".
A 13 de Março passado, decorreram quatro meses desde o reinício da guerra no Sahara Ocidental, na sequência da violação marroquina do cessar-fogo ao atravessar a zona tampão em El Guerguerat e ao atacar civis saharauis indefesos, o que desencadeou a legítima resposta militar do Exército de Libertação do Povo Saharaui. Desde então, o Conselho de Segurança e o Secretário-Geral da ONU ignoraram os avisos dados pela Frente Polisario, ignorando as cartas enviadas a este respeito, cujos avisos se materializaram, ameaçando a estabilidade da região e forçando as relações bilaterais.
A este respeito, a Frente Polisario indicou a sua disponibilidade para novas negociações políticas que prevejam o direito à autodeterminação do povo saharaui, sublinhando ao mesmo tempo que a guerra não cessará enquanto não for alcançada a plena soberania e independência territorial da invasão marroquina.
Fonte:ECS
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