O representante da Frente Polisario nas Nações Unidas, Sidi Mohamed Omar, confirmou hoje em despacho divulgado pela SPS que o Reino de Marrocos está a obstruir até agora a nomeação de um novo Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU para o Sahara Ocidental, bem como pressionou os antigos emissários a demitirem-se e a rejeitar qualquer candidato de nacionalidades específicas por receio da sua neutralidade.
A declaração surge como resposta à notícia hoje difundida por vários meios de comunicação social, citando a Agência France Presse (AFP), que alega que a Frente Polisario tinha recentemente rejeitado um candidato português proposto pelo Secretário-Geral. "Na realidade foi Marrocos que obstruiu os enviados anteriores, mas rejeita qualquer candidato de países conhecidos pela sua neutralidade, tais como os países escandinavos, Austrália, Alemanha, Suíça, Holanda e outros", afirmou o representante saharaui na ONU.
A declaração considera que "a nomeação de um novo enviado pessoal para o Sahara Ocidental, que deve satisfazer os critérios de imparcialidade, independência e competência e cumprir a sua missão com integridade, não é um fim em si mesmo, mas um meio para facilitar o processo de paz e empurrá-lo para a realização do seu objectivo final, que é o povo saharaui poder exercer o seu direito inalienável e não negociável à autodeterminação e à independência".
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