Bruxelas (APS) - A pressão internacional aumentou sobre Marrocos para que ponha termo à sua repressão contra civis saharauis e ativistas dos direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, diz o Crisis Group.
O International Crisis Group [uma ONG - think-thank - fundada em 1995, voltada para a resolução e prevenção de conflitos armados internacionais, próxima do Partido Democrata norte-americano] sublinha no seu relatório de Julho que a pressão internacional visa forçar o ocupante marroquino a parar a repressão dos saharauis, que se intensificou consideravelmente após o reinício da luta armada no Sahara Ocidental em meados de Novembro.
O relatório assinala ainda que a Relatora Especial da ONU sobre a situação dos defensores dos direitos humanos, Mary Lowlor, apelou ao regime marroquino no início de Julho para "deixar de visar os defensores dos direitos humanos e os jornalistas que defendem as questões dos direitos humanos no Sahara Ocidental ocupado e em Marrocos, permitindo-lhes que trabalhem sem represálias".
A funcionária da ONU, acrescentao relatório, condenou o tratamento cruel, desumano e degradante e a tortura infligida aos ativistas e prisioneiros saharauis.
O relatório, referindo-se a dados da Amnistia Internacional, destaca a escalada da repressão contra ativistas a favor do direito do povo saharaui à autodeterminação, relatando 22 violações dos direitos humanos cometidas por agentes da ocupação marroquina contra ativistas saharauis dos direitos humanos.
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