domingo, 9 de abril de 2023

O inusitado interesse das mais altas instâncias das secretas norte-americanas por Marrocos: estreitamento de relações ou preocupação quanto ao futuro do Reino?


Abdellatif Hammouchi recebe o diretor do FBI e o diretor da CIA


Abdellatif Hammouchi, o homem forte dos serviços secretos e de segurança de Marrocos, visitou os EUA em Junho passado, onde manteve conversações com os mais altos responsáveis dos diferentes serviços de Inteligência norte-americanos: Avril Haines, Diretora da DNI, William Burns, Diretor da Central Intelligence Agency (CIA) e Christopher Wray, Diretor do Federal Bureau de Investigação (FBI). Já em 2023, e em menos de dois meses, foi a vez dos diretores da CIA e do FBI encontrarem-se com Hammouchi, em Rabat, um homem que é procurado pela justiça europeia por participação em atos de tortura.
Ninguém já dúvida que o rei Mohamed VI está doente, embora se especule quanto à sua gravidade; ninguém ignora também que, cada vez mais, são os serviços secretos marroquinos, internos e externos, quem manejam os cordéis da governação de um Reino onde o seu monarca está cada vez mais ausente, quer em França quer na sua mansão no Gabão. Também não passam despercebidas as guerras internas que ecoam do Palácio, entre os partidários da eventual entronização do seu irmão, o príncipe Moulay Rachid ben al-Hassan, de 52 anos de idade, ou do princípe herdeiro Moulay Hassan, que fará 20 anos no dia 08 de maio.
Que o chefe de segurança de Marrocos, Hammouchi, esteja a receber os chefes do FBI e da CIA em menos de dois meses é um sinal de que algo está errado em Rabat. A preocupação parece ser manifesta. “A situação interna de Marrocos exige esforços para evitar um possível desastre” - afirma o jornalista saharaui Jalil Abdelaziz, na sua página de twitter. A seguir.



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