O
movimento de solidariedade ao povo saharaui ganha novo fôlego no
Brasil, onde organizações sociais, estudantis e sindicais reforçam
o apoio à autodeterminação do Sahara
Ocidental e à conclusão do processo de descolonização sob
supervisão das Nações Unidas.
Em comunicado, a Associação
de Solidariedade e pela Autodeterminação do Povo Saaraui
(ASAARAUI-DF-Brasil) expressou a expectativa de que a ONU avance de
forma concreta na resolução do conflito, defendendo o cumprimento
das resoluções internacionais que reconhecem o direito do povo
saharaui à autodeterminação política, social e económica.
A
associação lembra que a Constituição brasileira consagra o
princípio da autodeterminação dos povos e sublinha que o Brasil,
desde a sua independência em 1822, sempre defendeu o direito de cada
nação decidir o próprio destino.
“O mesmo desejamos ao povo
saharaui”, refere o comunicado, que rejeita “qualquer proposta de
autonomia — marroquina, americana ou de outros países — que não
respeite os direitos fundamentais do povo saharaui”.
Entre
as reivindicações apresentadas pela ASAARAUI estão:
- A libertação imediata dos prisioneiros políticos saharauis detidos em Marrocos;
- A garantia de que os recursos naturais do Sahara Ocidental sejam administrados pelo seu próprio povo;
- O reconhecimento pleno do direito à autodeterminação;
- E o reforço dos trabalhos da Quarta Comissão da ONU, responsável pela descolonização.
O comunicado ressalta que manifestações
populares no Brasil têm reafirmado periodicamente a defesa da
democracia e da soberania nacional, princípios que inspiram o apoio
brasileiro à causa saharaui.
A ASAARAUI conclui apelando
à comunidade internacional para que atue “com firmeza e justiça”
na conclusão do processo de descolonização do Sahara
Ocidental, considerado pela ONU “a última colónia de África”.

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