quarta-feira, 29 de outubro de 2025

No Brasil, cresce a solidariedade com o povo saharaui


 

O movimento de solidariedade ao povo saharaui ganha novo fôlego no Brasil, onde organizações sociais, estudantis e sindicais reforçam o apoio à autodeterminação do Sahara Ocidental e à conclusão do processo de descolonização sob supervisão das Nações Unidas.

Em comunicado, a Associação de Solidariedade e pela Autodeterminação do Povo Saaraui (ASAARAUI-DF-Brasil) expressou a expectativa de que a ONU avance de forma concreta na resolução do conflito, defendendo o cumprimento das resoluções internacionais que reconhecem o direito do povo saharaui à autodeterminação política, social e económica.

A associação lembra que a Constituição brasileira consagra o princípio da autodeterminação dos povos e sublinha que o Brasil, desde a sua independência em 1822, sempre defendeu o direito de cada nação decidir o próprio destino.

“O mesmo desejamos ao povo saharaui”, refere o comunicado, que rejeita “qualquer proposta de autonomia — marroquina, americana ou de outros países — que não respeite os direitos fundamentais do povo saharaui”.

Entre as reivindicações apresentadas pela ASAARAUI estão:

  • A libertação imediata dos prisioneiros políticos saharauis detidos em Marrocos;
  • A garantia de que os recursos naturais do Sahara Ocidental sejam administrados pelo seu próprio povo;
  • O reconhecimento pleno do direito à autodeterminação;
  • E o reforço dos trabalhos da Quarta Comissão da ONU, responsável pela descolonização.

O comunicado ressalta que manifestações populares no Brasil têm reafirmado periodicamente a defesa da democracia e da soberania nacional, princípios que inspiram o apoio brasileiro à causa saharaui.

A ASAARAUI conclui apelando à comunidade internacional para que atue “com firmeza e justiça” na conclusão do processo de descolonização do Sahara Ocidental, considerado pela ONU “a última colónia de África”.

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