Bucharaya Beyun, representante da F. Polisario em Espanha
Representantes da Frente Polisario reuniram-se hoje com dirigentes do PNV (Partido Nacionalista Basco), ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), BNG (Bloco Nacionalista Galego) e Nafarroa Bai (coligação de partidos Navarra), de quem receberam apoio para prosseguir na sua exigência de realização de um referendo de autodeterminação no Sahara Ocidental como via para solucionar o conflito com Marrocos.
O delegado da Frente Polisario em Espanha, Bucharaya Beyun, em declarações à agência EFE, agradeceu o apoio manifestado por estas formações políticas dentro da ronda de contactos que a organização saharaui mantém esta semana em Madrid para analisar a situação na ex-colónia espanhola.
Os membros da Polisario, liderados pelo seu responsável de Relações Exteriores, Mohamed Salem Ould Salek, reuniram ontem com o Partido Popular (PP), UPyD (União Progresso e Democracia, lidaerado pela antiga dirigente socialista Rosa Díez) e Coligação Canária, que de igual se comprometeram a continuar a defender o direito à autodeterminação do povo saharaui e a convocatória de um referendo, como forma de solucionar o conflito que opõe os saharauis a Marrocos.
A ronda de contactos deverá terminar amanhã com um encontro com o ICV (Iniciativa per Catalunya Verds), embora a Polisario tenha também solicitado um encontro com CiU (Convergencia i Unió), segundo Beyun.
A delegação saharaui adiou por tempo indeterminado a entrevista com o PSOE prevista para a passada segunda-feira por desavenças sobre a agenda do encontro, por os socialistas terem recusado a questão do referendo como assunto central do encontro.
Após as reuniões de hoje com o PNV, ERC, BNG e Nafarroa Bai, Bucharaya Beyun ha assegurou que estes partidos continuam a defender que o povo saharaui possa decidir livremente o seu futuro, como o reconhece a ONU.
Esse apoio foi reiterado nas moções aprovadas pelo Congresso e pelo Senado no final do ano passado, que contaram com o apoio de todos os grupos parlamentares, e em que se defendia a realização do referendo e o respeito dos direitos humanos no Sahara Ocidental.
ADN.es
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