quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Relatório do Centro Robert F. Kennedy denuncia torturas e detenções arbitrárias nos acontecimentos de El Aiún

Os violentos incidentes de Novembro na cidade de El Aiún (Sahara Ocidental) deixaram atrás de si um "clima de medo e repressão" em que abundam as torturas e detenções arbitrárias, segundo um relatório publicado hoje nos EUA pelo Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos.

O Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos, com sede em Washington, publicou hoje as conclusões da sua viagem ao Sahara Ocidental no passado mês de Janeiro, quando uma missão daquela prestigiada instituição visitou a cidade com a activista saharaui Aminatu Haidar, dois meses depois do desmantelamento do acampamento de Gdem Izik pelas forças armadas e policiais marroquinas.

A organização considera que a situação no Sahara Ocidental "necessita de uma supervisão neutral e internacional constante, com um mecanismo que exija a assunção de responsabilidade por parte dos organismos e intervenientes estatais".

Com esse fim, o Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos recomenda o estabelecimento de uma força internacional que supervisione o cumprimento dos direitos humanos.
Reclama que se permita a movimentos nacionais como aquele que é impulsionado por Aminetu Haidar, a CODESA, a possibilidade de se poderem registar como organizações não governamentais — algo que lhes foi vedado até agora —, e que se autorize o livre acesso ao território a organizações internacionais.

O Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos exige uma "investigação íntegra e imparcial" dos acontecimentos ocorridos a 8 de Novembro e nos dias subsquentes em El Aiún.

EFE

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