sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Kerry Kennedy: a organização da vida nos acampamentos saharauis é notável

A delegação internacional do Robert F. Kennedy Center for Justice
and Human Rights junto do presidente saharaui e SG da F. Polisario
e de mulheres dirigentes saharauis


''Visitei vários acampamentos de refugiados em todo o mundo, mas a organização da vida nos acampamentos saharauis é notável", afirmou Kerry Kennedy após uma reunião com representantes da sociedade civil saharaui.
A presidente do Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos afirma-se como "admiradora'' da luta pacífica do povo saharaui pela autodeterminação, e afirmou que promoverá a questão saharaui em cada país que tenha que visitar e junto das organizações com quem o Centro RFK trabalha.
Kerry Kennedy expressou também gratidão pela calorosa receção que teve por parte dos saharauis aos membros da sua delegação.
Nesta reunião, os membros da delegação internacional ouviram com grande interesse as declarações dos representantes das organizações de familiares de presos e desaparecidos e as vítimas das minas terrestres colocadas pelo ocupante marroquino em particular ao longo do muro que divide o território do Sahara Ocidental em duas partes.
Os representantes das organizações de jornalistas e trabalhadores também falaram na reunião, onde uma juíza fez uma apresentação geral sobre o sistema legal do Sahara Ocidental.
Anteriormente, a delegação havia visitado os reclusos do centro de detenção por delitos de direito comum e um centro de reabilitação para menores de idade, onde os membros da deleção recolheram informações sobre as condições dos detidos.
Marselha Gonçalves Margerin, diretora jurídica do Centro Robert F. Kennedy e membro da delegação, afirmou em breve declaração à imprensa que a delegação pôde ver o que queria. Todas as portas estavam abertas à delegação.
No final da visita, a delegação foi recebida pelo presidente saharaui e SG da Frente Polisario, Mohamed Abdelaziz, na presença de dirigentes e anciões saharauis.
Antes de visitar os acampamentos de refugiados saharauis, a delegação visitou os territórios ocupados do Sahara Ocidental, onde teve uma série de entrevistas com as associações de direitos humanos saharauis.
A delegação elaborará um relatório detalhado da missão que tornará público logo que possível, informou um membro da comitiva.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Movimento dos Países Não-Alinhados reitera apoio ao direito do povo saharaui à autodeterminação



Teerão, 30/08/2012 - O Movimento de Países Não-Alinhados (MNOAL) reiterou esta quarta-feira, em Teerão, o seu apoio à luta do povo saharaui pelo seu direito à autodeterminação.

Em declaração emitida no termo de uma reunião a nível de ministros de Negócios Estrangeiros, o MNOAL dedicou vários parágrafos do texto à justa causa do povo saharaui, ratificando as anteriores resoluções e o seu apoio à aplicação das resoluções das Nações Unidas sobre o conflito saharaui-marroquino.

Na declaração, o MNOAL sublinha a necessidade de que o povo saharaui exerça o seu direito à autodeterminação no âmbito da resolução 1514 da Assembleia Geral da ONU que reconhece o direito dos povos à autodeterminação.

O texto refere que "qualquer solução do conflito deve respeitar a livre expressão e expectativas do povo saharaui, o que significa que deve passar obrigatoriamente pelo referendo de autodeterminação".

O MNOAL reiterou o "seu firme apoio aos esforços do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do seu enviado pessoal Christopher Ross", recordando a responsabilidade do organismo internacional em relação ao povo saharaui.

Na reunião participou o ministro saharaui para a América Latina, Mohamed Yeslem Beisat. A delegação saharaui teve vários encontros bilaterais com delegações de países participantes na cimeira. 

(SPS)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Delegação do Centro Robert F. Kennedy chega aos acampamentos de refugiados saharauis



A delegação do Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos, iniciou hoje, quarta-feira, uma visita de um dia aos acampamentos de refugiados saharauis para avaliar a situação dos direitos humanos e o papel da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO), na região.

A delegação iniciou o seu programa de atividades visitando al Comité Nacional do Referendo que inclui os departamentos de Estatística e Documentação Nacional.

Na wilaya de Smara, a delegação reuniu-se com refugiados saharauis para saber em primeira mão a situação e condições de vida nos acampamentos, depois a delegação teve um encontro com representantes dos familiares das vítimas dos bombardeamentos, minas, desaparecidos, sequestrados, assim como das vítimas de danos físicos e morais e de deslocamento forçado e violações praticadas pela força de ocupação marroquina.

 A delegação reuniu também com a União Nacional de Mulheres Saharauis onde foi recebida pela sua secretária-geral, Fatma Mehdi, que traçou uma breve explicação sobre a situação da mulher nos acampamentos de refugiados saharauis e as conquistas alcançadas na sociedade saharaui, destacando as violações de direitos humanos desde há 37 anos contra as mulheres saharauis nos territórios ocupados.

Fatma Mehdi solicitou a Kerry Kennedy o seu apoio para sensibilizar outras organizações de direitos humanos a defender o direito do povo saharaui à autodeterminação.

Kerry Kennedy expressou satisfação por estar nos acampamentos de refugiados saharauis e ouvir a opinião de um amplo espetro da população saharaui sobre a situação em que vivem longe da sua pátria ocupada.

Kerry Kennedy afirmou que o relatório incluirá todo o material recolhido pela delegação quanto à situação dos refugiados saharauis e a violação dos direitos humanos nos territórios ocupados.

O programa deve prosseguir com reuniões com organizações não-governamentais e com a MINURSO, antes de a delegação ser recebida pelo Presidente da República, Mohamed Abdelaziz.

SPS

Descobertas ossadas humanas na Prisão Negra de El Aaiún quando se procediam a obras no presídio

Prisão Negra de El Aaiún


Fontes credíveis confirmaram hoje quarta-feira, através de um telefonema para a Rede  Mazeirat de informação, que no interior da Prisão Negra de El Aaiun foi descoberto um fémur de um corpo humano quando trabalhadores estavam a mudar uma latrina de uma das celas da prisão.

Até 2005 nenhuma imagem havia saído dos muros da Prisão. 
A situação mudou quando um grupo de presos políticos saharauis 
conseguiu subornar um guarda e introduzir uma pequena câmara no presídio.

Uma vez descoberto o achado, os presos e o pessoal penitenciário acorreram à cela onde foi descoberta a ossada, provocando alvoroço dentro da prisão. Um funcionário marroquino da prisão, de seu nome Harruch Abderrahim, recolheu o osso humano e levou-o para o gabinete do diretor da prisão, o qual mandou chamar todos os órgãos da polícia e serviços de inteligência marroquina da administração de ocupação de El Aaiun.

Desde que foi descoberto o osso humano até ao momento, a notícia está sob bloqueio informativo sem que sejam esclarecidas as circunstâncias do macabro achado.

Fonte: Rede de Informação Maizirat

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Marrocos perde no Sahara a aposta contra Christopher Ross



O governo marroquino perdeu o “braço de ferro” com a ONU ao rejeitar o enviado pessoal do Secretário-Geral, o americano Christopher Ross, disseram analistas.
Este fim-de-semana passado, Ban Ki-Moon confirmou Ross no cargo e telefonou ao rei Mohamed VI de Marrocos para "reafirmar que o seu Enviado Pessoal e seu novo Representante Especial (o alemão Wolfgang Weisbrod-Weber, nomeado em junho) cumprirão os seus respetivos mandatos para promover o processo de negociação e incentivar a melhoria de relações marroquino-argelinas".

Em maio, o governo marroquino anunciou que "retirava a sua confiança" em Ross devido ao que qualificava de "comportamento desequilibrado e tendencioso" (supostamente contrário à tese de Rabat), e desde então os media marroquinos davam como certo a sua substituição por uma figura de renome internacional, para o que chegaram a aventar nomes como o do norte-americano Colin Powell.
Embora os porta-vozes do secretário-geral tivessem, por várias vezes, deixado claro que Ban continuava a contar com Ross, o governo marroquino continuou a criticar o diplomata, mas o telefonema do Secretário-Geral acaba de vez com a controvérsia.
"É uma bofetada para o Marrocos", disse à Efe Ali Nouzla, diretor do portal Lakome.com e um dos poucos jornalistas que escreveram sobre o caso para além das interpretações de cunho nacionalista.
"Retirar a confiança a Ross sem ter consultado os parceiros internacionais de Marrocos nem as forças dentro do país foi um disparate e ainda estamos a pagar as consequências", lembrou Nouzla.
Interpretação semelhante é compartilhada pelo professor e politólogo Larbi Benotmane, que não duvida em falar de “uma enorme derrota diplomática” para o seu país que, no caso Ross, teve “ um comportamento de amador, alimentado por uma excessiva autointoxicação”.
Benotmane considera que o governo marroquino “não avaliou as consequências” ao recusar Ross, a quem ele considera um político do "establishment" norte-americano, o que significa que Rabat pôs contra si um dos seus teóricos aliados, os EUA.
Uma das principais queixas contra Ross por parte de Marrocos é sua insistência em se agarrar à independência da missão da ONU no Sahara (MINURSO que, segundo  ele, tinha sido negligente quando se tratava de afirmar a sua neutralidade) e o seu suposto intento de fazer com que esta missão tivesse um mandato sobre questões relacionadas com os direitos humanos.
O governo marroquino considera plena a sua soberania sobre o território que ocupa no Sahara e não vai aceitar qualquer cedência ou permitir que qualquer órgão não-marroquino tenha qualquer tipo de autoridade que se sobreponha à do governo.
Embora não haja nenhuma visita de Ross anunciada à região, é uma incógnita como irá ser recebido em Rabat na sua próxima viagem, depois de todo este imbróglio diplomático.
Ontem, a agência oficial de notícias marroquina MAP repegou numa entrevista ao secretário de Estado marroquino dos Negócios Estrangeiros, Youssef Amrani, na qual este recordava que Marrocos "precisa de um novo mediador da ONU", mas a agência viu-se forçada a retificar depois, por duas vezes, que a entrevista fora realizada em julho, ou seja, muito antes do telefonema de Ban Ki-moon ao rei Mohamed VI.
O Professor Benotmane considera que o atual ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, o islamita Saadedín al Otmani, não é o homem adequado para sair deste "impasse" diplomático, embora não tenha sido ele que o tenha criado, mas provavelmente alguém próximo do rei Mohamed VI.
Enquanto isso, um outro interveniente norte-americano, embora seja uma organização não-governamental, como é o Robert F. Kennedy Center for Justice and Human Rights, também provocou a ira dos media e organizações pró-marroquinas ao levar a cabo uma missão no território do Sahara de averiguação quanto ao respeito pelos direitos humanos.
Embora a delegação tenha afirmado que durante três dias reuniu "com um amplo espectro" da sociedade saharaui (tanto pró-independência como pró-marroquino), ela tem sido alvo de ataques prontamente recolhidos pelos principais meios de comunicação pelo seu suposto alinhamento "com a tese dos inimigos da integridade territorial do Reino ", de acordo com a versão da agência oficial de notícias MAP.
Javier Otazu (correspondente da EFE em Marrocos) / Rabat, 28 de agosto de 2012 (EFE)

Com a polícia secreta do Marrocos a tentar ocultar agressões, em El Aaiún, Sahara Ocidental ocupado (FOTOS)

Polícia secreta invade o nosso carro, assaltando Mariah Kennedy-Cuomo,
que fotografava. El Aaiún, 25 de agosto de 2012.


"Apesar de vestido à civil, não tínhamos dúvidas que era da polícia secreta quando chegou junto ao nosso Toyota e tentou bloquear a lente Nikon da minha filha Mariah, de 17 anos de idade. Ela estava gravando o espancamento de uma mulher pelos seus colegas, fardados ou à paisana. O obturador de Mariah foi muito rápido para ele, e então ele lançou-se para pegar a câmara, tapando a lente com o seu rosto. Mariah estava bem. A mulher não estava.

Algumas horas mais tarde, diretor Mary Lawlor, diretora da Front Line Defenders e Eric Sottas, fundador da Organização Mundial Contra a Tortura foram ao hospital local, onde visitaram a vítima, que sangrava e estava muito mal-tratada. Seu nome: Soukaina Jed Ahlou, presidente do Fórum Saharaui de Mulheres. (…)

Delegação internacional liderada pelo Robert F. Kennedy Center for Justice and Human Rights terminou visita ao Sahara Ocidental ocupado



A delegação norte-americana do Centro para a Justiça e os Direitos Humanos da Fundação Robert R. Kennedy concluiu na noite de 2.ª feira, 27 de agosto, a sua visita ao Sahara Ocidental sob ocupação marroquina.

Santiago Cantón, membro da delegação, referiu à Efe que tiveram "um cuidado especial em ter informação de um amplo espectro da sociedade saharaui", e que se haviam reunido com centenas de pessoas de todas as tendências.
Cantón sublinhou que é ainda prematuro fazer uma avaliação sobre a situação dos direitos humanos no território após os seus três dias de visita, e que incluíram no dia de ontem reuniões com vários representantes do poder civil marroquino no território, inclusive com o governador da região e o alcaide de El Aaiún.

Esta noite, a delegação viajou para Rabat, onde esta manhã se reunirão com membros do governo marroquino, antes de continuar a sua viagem no dia seguinte para Tindouf, no sudoeste da Argélia, onde se encontram os acampamentos de refugiados saharauis.

A maioria dos órgãos de Comunicação marroquinos, a começar pelos oficiais, puseram em dúvida a imparcialidade da missão, liderado por Kerry Kennedy, presidente do Centro RFK, e preferiram colocar a ênfase nas supostas simpatias pró-independentistas dos membros da delegação.

A agência oficial marroquina MAP reproduziu numerosos comunicados de supostas organizações saharauis ou relacionadas com o Sahara em que é salientado "o alinhamento da Fundação Kennedy com as teses dos inimigos da integridade territorial do Reino".

Por seu lado, a Associação Saharaui de Defesa dos Direitos Humanos (Asadedh, pró-independentista) denunciou em comunicado divulgado em El Aaiún "a campanha contra o Centro Robert F. Kennedy com o objetivo de perpetuar a situação de bloqueio a que está submetida a nossa população a fim de evitar a presença e o testemunho de instituições e personalidades imparciais".

A Asadedh agradeceu à Robert F. Kennedy Center a sua visita "para comprovar as graves violações de direitos humanos que quotidianamente são cometidos neste território pendente de descolonização".
EFE

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Títulos da imprensa internacional sobre o rotundo NÃO de Ban Ki-Moon ao Rei de Marrocos sobre a retirada de confiança ao seu Enviado Pessoal Christopher Ross



Ban rejeita o pedido de Marrocos para substituir o enviado para o Sahara Ocidental.
Ban rejects Morocco’s calls to replace Western Sahara envoy
*Fonte: ALARABIYA.NET (ARÁBIA SAUDITA)
U.N. leader Ban Ki-moon on Saturday told Morocco’s monarch he would not give in to demands to change his peace envoy on the Western Sahara conflict, diplomats said.



Ban Ki-Moon renova a sua confiança em Christopher Ross
Ban Ki-moon renouvelle sa confiance à Christopher Ross
*Fonte: EL WATAN.COM (ARGÉLIA)


On Ross, Ban Rebuffs Morocco As He Didn't Sierra Leone, Feltman to Iran
http://www.innercitypress.com/ban1feltross082512.html
*Fonte: INNER CITY PRESS.COM  (jornal de investigação sobre as Nações Unidas).
"With regard to the Western Sahara issue, the Secretary-General stated that the United Nations does not intend to modify the terms of its mediation, whose purpose is to promote the achievement of a mutually acceptable political solution to this conflict. He reaffirmed that his Personal Envoy and his new Special Representative will fulfill their respective mandates."
"Con respecto a la cuestión del Sáhara Occidental, el Secretario General declaró que las Naciones Unidas no tiene la intención de modificar los términos de su mediación, cuyo propósito es promover el logro de una solución política mutuamente aceptable a este conflicto. Reafirmó que su Enviado Personal y su nuevo Representante Especial cumplan sus respectivos mandatos. "



Nações Unidas recusa pedido de Marrocos para mudar o Enviado para o Sahara Ocidental
UN rebukes Morocco calls for Western Sahara envoy change
CAIRO: The United Nations has refused pressure from the Moroccan government to change its peace envoy to the Western Sahara.
*Fonte: BIKYAMASR, (EGIPTO)
UN Secretary-General Ban Ki-moon on Saturday reportedly told Morocco’s King Mohamed VI that he would not acquiesce to their demands that the envoy be changed in relation to the decades-long conflict in Western Sahara.


 Ban recorda a Mohamed VI que não mudará os seus mediadores no Sahara
Ban recuerda a Mohamed VI que la ONU no cambiará a sus mediadores en el Sahara
*Fonte: LA RAZON. ESPANHA
El secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, se entrevistó hoy con el rey Mohamed VI de Marruecos y le recordó que la ONU no piensa cambiar a su enviado personal para el Sahara Occidental, el americano Christopher Ross, ni a su representante especial, el alemán Wolfgang Weisbrod-Weber.


Ban Ki-moon lembra a Mohamed VI que não aceita pressões no Sahara
Ban Ki-moon le recuerda aMohamed VI que no acepta presiones en el Sahara
*Fonte: ABC. ESPANHA
Mohamed VI ha escuchado vía telefónica lo que no quería escuchar: que el enviado personal del secretario general de la ONU para el Sahara Occidental va a seguir siendo el mismo. El propio secretario general, Ban Ki-moon, se lo ha dicho al soberano marroquí en la conversación que mantuvieron ambos con motivo de la fiesta del fin del mes sagrado de Ramadán.


BAN KI-MOON  DIZ NÃO A M6
BAN KI-MOON DIT NON À «M6»
*Fonte: L´EXPRESSION.DZ.COM (ARGÉLIA),  imprensa independente
Retrait de confiance à christopher ross
 “Ban Ki-moon ne lâchera pas son représentant personnel pour le Sahara occidental. Christopher Ross continuera à arbitrer les négociations entre le Maroc et le Front Polisario”.
“Ban Ki-moon no dejará su representante personal para el Sáhara Occidental. Christopher Ross continuará mediador en las negociaciones entre Marruecos y el Frente Polisario”.


“MARROCOS: A ONU QUER MANTER A SUA MEDIAÇÃO NO ÂMBITO ESTABELECIDO PELO CONSELHO DE SEGURANÇA”
Maroc: l'onu veut maintenir samédiation dans le cadre établi par le conseil de SÉCURITÉ
*Fonte. ROP RÉSEAU DE RECHERCHE SUR LES OPÉRATION DE PAIX. (CANADÁ)
El Secretario General Ban Ki-moon, reiteró ayer el compromiso de las Naciones Unidas a que sigan su mediación en el Sáhara Occidental en el marco definido por el Consejo de Seguridad de la ONU (CS). En una declaración emitida después de una conversación telefónica con el Rey de Marruecos, Mohammed VI, el Secretario General afirmó que "la ONU no tenía intención de cambiar los términos de su mediación, que tiene como objetivo lograr solución política aceptable para ambas partes”.


Marrocos : A ONU não planeia nenhuma modificação na sua mediação no Sahara
Maroc : l'ONU n'envisage aucune modification dans sa médiation sur la question du Sahara
*Fonte : JEUNE AFRIQUE. (FRANÇA)
Lors d'un entretien téléphonique avec le roi Mohammed VI, le secrétaire général des Nations unies a réitéré sa volonté d'entente avec le Maroc, dans le cadre défini par le Conseil de sécurité.

domingo, 26 de agosto de 2012

Frente Polisario espera um "pronto recomeço das negociações" depois da confirmação de Christopher Ross nas suas funções

Mhmed Khadad, coordenador saharaui
com a MINURSO

 A Frente Polisario espera um "pronto recomeço das negociações" depois da confirmação de Christopher Ross nas suas funções e exigiu-lhe que cumpra a sua promessa de visitar os territórios saharauis sob ocupação colonial marroquina, declarou o membro do Secretariado Nacional e Coordenador saharaui junto da MINURSO, Mhamed Khadad.

O Coordenador saharaui junto da MINURSO afirmou que a Frente Polisario registou a ratificação de Christopher Ross por parte do Secretário-Geral das Nações Unidas como seu Enviado Pessoal para o Sahara Ocidental, para continuar a monitorar as negociações entre a Frente Polisario e Marrocos na base do mandato do Conselho de Segurança para encontrar uma solução justa e duradoura para o conflito de descolonização do Sahara Ocidental que garanta o direito inalienável do povo saharaui à autodeterminação.

Depois de meses de bloqueios desnecessários e décadas de sofrimento do povo saharaui — diz o coordenador com a MINURSO — a Polisario espera um rápido recomeço das negociações e solicita ao Conselho de Segurança que acelere o processo de realização de um referendo sobre a autodeterminação que ponha fim ao conflito entre Marrocos e o Sahara Ocidental, como o recomenda o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança.

A Frente Polisario também apelou ao Enviado Pessoal para que cumpra a sua promessa de visitar a região, incluindo o Sahara Ocidental, segundo o acordado pelas partes e aprovado pelo Conselho de Segurança na sua resolução 2044 (24 de abril de 2012).

SPS

Delegação Internacional de organizações dos DDHH reune com MINURSO


Segundo fontes de El Aaiún, a delegação internacional
de organizações de DDHH chefiada por Kerry Kennedy
terá reunido durante uma hora e meia com a missão
das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO 

Imagens de El Aaiún no momento em que uma delegação internacional de organizações de Defesa dos Direitos Humanos visita a capital ocupada do Sahara Ocidental

Kerry Kennedy pelas ruas de El Aaiún
Aminatu Haidar e Kerry Kennedy


Manifestações pacíficas tiveram lugar 
nos grandes bairros saharauis.
Começaram sábado e prolongaram-se 
pela madrugada de domingo.
A repressão das forças policiais e militares marroquinas
abateu-se selvaticamente sobre os manifestantes

Delegação internacional de Direitos Humanos interessa-se pelo estado dos saharauis feridos após a brutal intervenção marroquina

Kerry Kennedy junto da mãe e familiares de Said Dumbar
As autoridades marroquinas ordenaram
o enterro do cadáver de Said Dambar,
cujo assassinato o majzen não quer esclarecer...
O enterro fez-se contra a expressa vontade da família
 do assassinado que não tem cessado de reclamar
uma autópsia desde que o jovem foi assassinado
à queima-roupa por um tiro de um polícia marroquino.

Kerry Kennedy e a delegação internacional de direitos humanos a que preside mostraram interesse sobre o estado dos feridos saharauis após a brutal atuação dos militares marroquinos contra as manifestações de ontem em El Aaiun, tendo-os visitado no hospital da cidade.
Ontem, sábado, a delegação reuniu-se com as famílias dos desaparecidos e assassinados que representam a Coordenadora saharaui do acampamento Gdeim Izik. Na reunião participaram vários saharauis, entre eles o ativista Hama Elgatib e as defensoras dos direitos humanos, as Sras. Fatimetu Elhairesh e Meimuna Tagalbut.
A Fundação RFK e as três organizações internacionais puderam ouvir testemunhos e denúncias das famílias dos jovens saharauis assassinados na intifada saharaui pelo aparelho repressivo marroquino, como foram os casos de Said Dambar, Brahim Edaudi, Moichan Mohamed Lehbib e a família de Nayem Elgarhi. Na casa de Said Dambar a delegação americana mostrou assombro perante este horrível caso e manifestou o seu apoio às justas reivindicações destas famílias.

Manifestações pacíficas contra a ocupação marroquina nos bairros saharauis de Skeikima, Zemla, Alinaash e Shrif Radi



A Rede de Informação Mazerat informou esta madrugada a partir da cidade ocupada de El Aaiun que, desde a meia-noite de sábado, ocorreram várias manifestações da população saharaui que tiveram lugar em quatro grandes bairros da cidade contra a ocupação militar marroquina do território e exigindo a sua retirada.
Os manifestantes gritaram palavras-de-ordem patrióticas contra administração marroquina de ocupação e exigiam a libertação de todos os presos políticos saharauis. Os manifestantes entoavam slogans de boas-vindas à delegação internacional liderada pelo Centro RFK a que preside Kerry Kennedy e às organizações internacionais de direitos humanos. As manifestações prosseguiram com fortes confrontos após a violenta intervenção dos militares marroquinos até às 3h da madrugada de domingo 26 de agosto. Os repórteres da Red Mazerat informam que se registaram quatro detenções de jovens saharauis, de quem ainda se desconhece o paradeiro e a identidade.

Administração marroquina mobiliza os colonos marroquinos face à visita da delegação internacional de Direitos Humanos a El Aaiun





As autoridades de ocupação estão a mobilizar os colonos marroquinos em El Aaiun para contrariar e interferir na interação da população saharaui com a delegação do Centro RFK.
Os repórteres da Red de informação Mazerat, informaram-se junto de fontes fiáveis, que a administração de ocupação que representada na pessoa do Pachá (Magar Albashauiya), constituiu uma célula de coordenação que trabalha com os colonos marroquinos com o objetivo de seguir a evolução e o desenvolvimento da visita da delegação do Centro RFK a fim de interromper e torpedear a interação do movimento e atividades pacíficas da população saharaui com a delegação internacional.
Segundo as mesmas fontes, a administração da ocupação teme que a população saharaui se concentre em manifestações de rua este domingo, prognóstico que faz pensar que a administração esteja a organizar uma contra-manifestação com colonos a esta previsível concentração da população saharaui.

Brutal intervenção da polícia marroquina provoca vários feridos durante a visita da Fundação Robert F. Kennedy e outras organizações internacionais



Hoje sábado, 25 de agosto, pelas 5 da tarde, na Rua de Smara, a polícia marroquina interveio de forma brutal e selvagem contra uma manifestação pacífica organizada pela população saharaui na cidade de El Aaiun, no momento em que decorre a visita de várias organizações internacionais de defesa dos Direitos Humanos (Center Robert F. Kennedy, Front Line Defenders, Organização Mundial Contra a Tortura, Fundação José Saramago, entre outras).
A brutal intervenção provocou vários feridos entre eles Sukeina Yedehlu, presidente da FAFESA (Forum Futuro da Mulher Saharaui), Mbarka Aalina, secretária-geral da FAFESA, Taslam Daoudi e Ali Saadouni
Segundo parece, a delegação internacional foi avisada e pôde deslocar-se ao local da manifestação e ver minutos depois os feridos da brutal intervenção e o assédio militar sobre o bairro de Maatala onde teve lugar a pacífica manifestação. Os serviços policiais e de segurança marroquinos  ao verem a presença da delegação detiveram os seu ataque aos manifestantes e esperaram até que a comitiva internacional abandonasse o bairro para voltarem a arremeter contra os manifestantes, que continuaram entoando palavras-de-ordem contra a ocupação e o aparato repressivo marroquino.
A situação de repressão e perseguição contra a população prossegue esta madrugada nas ruas da cidade de El Aaiun com o objetivo de dispersar e evitar qualquer movimento nas ruas, segundo informam fontes dos ativistas saharauis de direitos humanos em El Aaiun.

Ban Ki-Moon rejeita pedido de Marrocos de substituir Christopher Ross



O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, rejeitou este sábado o pedido do rei de Marrocos de substituir o seu representante pessoal para o conflito do Sahara Ocidental, informaram fontes diplomáticas.
Marrocos anunciou em maio que tinha perdido a sua confiança no enviado da ONU para a região.
Christopher Ross era acusado por parte de Marrocos de ser "desequilibrado e parcial" nos seus intentos de mediar uma solução no disputado território, centro de um dos mais antigos conflitos africanos.
No entanto, numa chamada telefónica, Ban disse ao rei Mohamed VI de Marrocos que as "Nações Unidas não têm intenção de modificar os termos da sua mediação, cujo objetivo é promover uma solução politicamente aceitável para ambas as partes", segundo afirmou o porta-voz das Nações Unidas, Martin Nesirky.
Ban Ki-Moon reafirmou que Ross e o chefe da missão da ONU no Sahara Ocidental, o alemão Wolfgang Weisbrod-Weber, "cumprirão os seus respetivos mandatos promovendo o processo de negociação", acrescentou Nesirky em comunicado.
Marrocos iniciou a anexação da ex-colónia espanhola do Sahara Ocidental em 1975. A Frente Polisario, um movimento independentista apoiado pela Argélia, lançou uma guerra de guerrilhas que durou até que as Nações Unidas anunciaram uma trégua em 1991.
Rabat propõe uma ampla autonomia do Sahara Ocidental sob a sua soberania. a Frente Polisario repudia esse plano e reclama "o direito do povo saharaui à autodeterminação" através de um referendo.
Ross organizou várias rondas de negociações informais, mas sem êxito até ao momento.

Agência FP

sábado, 25 de agosto de 2012

Primeira reunião da delegação internacional da Fundação RFK com os Defensores Saharauis de Direitos Humanos no Sahara Ocidental



Uma representação de Defensores saharauis de Direitos Humanos composta pela presidente do CODESA, a ativista Aminetu Haidar, e o presidente e vice-presidente do CODAPSO (Comité Saharaui para a Defesa da livre determinação do povo do Sahara), Mohamed Daddach e do seu vice-adjunto Hmad Hammad, reuniu-se hoje sábado com a delegação da Fundação Robert Kennedy, presidida pela Sra. Kerry Kennedy, e outras organizações de defesa dos direitos humanos dos  Estados Unidos da América e da Europa que a acompanham, como Mary Lawlor, directora da Front Line Defenders, Margarette May Macaulay, juíza do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, Eric Sottas, ex-secretário-geral da Organização Mundial Contra a Tortura, María Pinar del Río, presidente da Fundação José Saramago, e Marialina Marcucci, presidente do Centro RFK na Europa, entre outros.

O encontro, segundo fontes dos defensores dos DDHH saharauis, foi extremamente importante e centrou-se, à luz da atualidade, nos acontecimentos relacionados com as graves violações dos direitos humanos de que sofre a população saharaui no território, em resultado da sua firmeza e defesa do seu inalienável direito à livre determinação e recuperação da sua soberania.

A presidente da delegação da Fundação Robert F. Kennedy de Direitos Humanos dos EUA, também se reuniu esta tarde em casa da presidente saharaui da CODESA, Aminetu Haidar, com os representantes do CSPRON (Comité de Apoio ao Plano de Resolução das Nações Unidas e a proteção dos recursos naturais do Sahara Ocidental). Esta organização esteve representada pela ativista dos DDHH saharaui, Sra. Salha Mint Butenguiza, o ativista Abdelhay Toubali, irmão do preso político saharaui Abdulah do grupo de Gdeim Izik e que se encontra detido na prisão de Salé, Marrocos.

Segundo fonte do domicílio de Aminatu Haidar, onde tiveram lugar estes encontros com a delegação internacional, a reunião com o CSPRON foi qualificada de “muito importante” e que o diálogo centrou-se sobre o Sahara Ocidental e o saque e espólio indiscriminado dos recursos naturais do Sahara Ocidental exercido pelo Estado marroquino, contra a população através de marginalização, desemprego e pobreza. O CSPRON solicitou à presidente da Fundação RFK e às organizações que a acompanham o seu envolvimento para proteger da ocupação marroquina os recursos naturais do Sahara Ocidental que estão a ser saqueados pela administração da ocupação marroquina no território saharaui.

As reuniões de trabalho tiveram lugar na casa da ativista saharaui dos direitos humanos Aminatu Haidar, após um almoço de boas-vindas que a presidente da CODESA organizou em homenagem a esta delegação internacional.

Petição a Mariano Rajoy: Referendo de Autodeterminação no Sahara Ocidental



A 25 de julho foi iniciada uma campanha através do Avaaz para enviar uma petição ao Presidente do Governo Espanhol, Mariano Rajoy, em que se solicita que sejam assumidas as responsabilidades políticas que tem Espanha na questão do Sahara Ocidental.
Para conseguir enviar esta Petição da Comunidade faltam ainda 500 assinaturas. Se queres assinar a petição clica aquí.

Delegação do Centro Robert F. Kennedy (RFK) para a Justiça e os Direitos Humanos chega a El Aaiún e presos políticos saharauis iniciam greve de fome

Aminatu Haidar já se encontrou com membros da delegação
do Centro RFK para a Justiça e os Direitos Humanos

Os presos políticos saharauis que se encontram na Prisão negra de El Aaiún, Sahara Ocidental, decidiram iniciar uma greve de fome de 48 horas a partir de hoje, sexta-feira, para protestar contra os maus-tratos e humilhação a que estão sujeitos por parte da administração penitenciária marroquina.

O início da greve de fome coincide com a chegada a El Aaiún de uma delegação do Centro Robert F. Kennedy (RFK) para a Justiça e os Direitos Humanos.

Segundo Mamay Hanu, membro da Associação Saharaui de Vítimas de Violações dos Direitos Humanos (ASVDH), a delegação norte-americana chegou esta tarde ao aeroporto de El Aaiún, estando previsto que se dirija depois à casa de Aminatu Haidar, ativista saharaui e presidente do Coletivo dos Defensores Saharauis dos Direitos Humanos (CODESA).

O aeroporto da capital saharaui ocupada está rodeado por um forte dispositivo de segurança, assim como a casa de Aminatu Haidar e a avenida Smara, a principal da cidade.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Polisario assegura que a visita do Centro RFK para a justiça e os Direitos Humanos será um testemunho da situação no Sahara Ocidental



O representante da Frente Polisario nas Nações Unidas, Bukhari Ahmed, assegurou esta quarta-feira que a visita que realizará a presidente do Centro Robert F. Kennedy para a Justiça os Direitos Humanos (Centro RFK), Kerry Kennedy, aos acampamentos de refugiados saharauis e ao Sahara Ocidental sob ocupação marroquina, será um testemunho mais da situação de violação dos direitos humanos por parte de Marrocos.
Em declarações à Rádio Argelia Internacional, Bukhari destacou que esta visita será um acontecimento histórico ao incluir tantas importantes personalidades em questões de direitos humanos e com grande historial na matéria.
O Representante da Frente Polisario junto da ONU realçou a importância desta visita que surge num momento em que o tema dos direitos humanos no Sahara Ocidental foi muito debatido no Conselho de Segurança.
Bukhari descreveu a visita de grande envergadura já que ocorre num momento em que Marrocos bloqueia a negociação para se chegar a uma solução política, justa e duradoura para o conflito do Sahara Ocidental através da realização de um referendo de autodeterminação ao povo saharaui.
"Esta visita de Kerry Kennedy será um importante testemunho não só para o seu Instituto mas também para a administração americana e para as Nações Unidas", afirmou Bukhari, que expressou a satisfação das autoridades saharauis por esta visita.
A delegação iniciará hoje, 24 de agosto, e concluirá 31 de agosto, a visita aos acampamentos de refugiados saharauis e ao Sahara Ocidental sob ocupação marroquina, segundo informou o Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos em comunicado.
O objetivo da visita é avaliar a situação dos direitos humanos sobre o terreno. "A nossa delegação avaliará a situação dos direitos humanos falando com os defensores dos direitos humanos, autoridades do governo e famílias que foram divididas por este conflito", declarou Kerry Kennedy.
"Esperamos chamar a atenção da comunidade internacional sobre este tema e apoiar o estabelecimento de um mandato de direitos humanos para a Missão das Nações Unidas", afirmou.
Integram a delegação: Mary Lawlor, Diretora da Front Line Defenders, Margarette May Macaulay, Juiza do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos; Eric Sottas, ex-Secretário- Geral da Organização Mundial Contra a Tortura, María del Pilar del Río, presidente do Conselho de Administração da Fundação José Saramago, e Marialina Marcucci, Presidente do Centro RFK - Europa. Da delegação fazem ainda parte destacados membros do RFK de Direitos Humanos: Santiago A. Canton, Gonçalves Margerin e Stephanie Postar.
(SPS)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Documentário 'Hijos de las Nubes, la Última Colonia' participará no Festival Internacional de Cinema de Toronto




O documentário 'Hijos de las Nubes, la Última Colonia', participará no próximo dia 13 de setembro na 37.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, Canadá.

A película, produzida pelo ator espanhol Javier Bardem e dirigida por Alvaro Longoria, descreve as raízes do conflito saharaui até à situação atual.

Neste documentário de longa-metragem, Javier Bardem guia o espectador através do complicado mundo da diplomacia internacional e dos interesses geoestratégicos que detonaram a primavera Árabe, analisando a dura história do povo do Sahara Ocidental, a última colónia de África.

A película explica as diferentes visões e os diferentes interesses políticos, económicos e estratégicos dos países protagonistas, que impedem a resolução de um conflito parado numa guerra fria desde há mais de 35 anos.

O documentário conta com testemunhos de saharauis, tanto refugiados como ativistas dos direitos humanos do Sahara Ocidental ocupado; políticos de França, Espanha, EUA, Argélia, Itália, Áustria, ONU, etc.; jornalistas, historiadores e diplomatas.

No contexto da primavera Árabe, 'Hijos de las Nubes, la Última Colonia' analisa o conflito do Sahara Ocidental, com o obetivo de recordar o direito do povo saharaui a decidir o seu próprio futuro através de um referendo de autodeterminação transparente e justo..

A película foi já selecionada em vários festivais internacionais, como Berlim e Moscovo, e de cidades espanholas, como Málaga e San Sebastián.

(SPS)

O preso político saharaui Yahya Mohamed Elhafed em greve de fome



O preso político saharaui Yahya Mohamed Elhafed, conhecido por Eazi, de 47 anos, detido na prisão marroquina de Salé 2, decidiu iniciar uma greve de fome a partir do dia 22 de agosto como protesto pelas condições inumanas e maus-tratos que recebe por parte da administração penitenciária marroquina, que o priva da visita dos seus familiares, amigos e ativistas de direitos humanos que pretendiam informar-se sobre a sua situação de isolamento na sua cela individual.

Eazi alega ainda outras razões para ter decidido protestar com esta forma de luta extrema que é a greve de fome, entre essas razões está o facto de ser impedido de manter contacto com os seus companheiros presos saharauis que estão na mesma prisão e o tempo ilegal de detenção sem que seja apresentado aos tribunais para realizar a sua defesa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

La Badil (No Other Choice) documentário norte-americano filmado clandestinamento no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos



La Badil (No Other Choice - Sem Outra Opção) foi filmado clandestinamente nos territórios do Sahara Ocidental controlados por Marrocos, na véspera do segundo aniversário dos levantamentos de 2010, em Gdeim Izik.
O filme lança luz sobre o conflito que dura há longas décadas, e revela uma mensagem muito forte dos Saharuis sobre como deve ser talhado o seu futuro - não há outra escolha (la Badil) do que realizar um referendo.

La Badil, was filmed undercover in the Moroccan controlled territories of Western Sahara, on the eve of the second anniversary of the 2010 uprisings at Gdeim Izik.
The film sheds light on the decades long conflict, and brings forth a resounding message from the Sahrawi about how their future should be shaped – there is no other choice (la badil) than to hold a referendum.