A ativista dos Direitos humunos saharaui relata os violentos acontecimentos hoje em El Aaiún e a agressão de que foi alvo pela polícia marroquina.
Espancaram-me com bastões, atiraram-me ao chão, apontaram
uma faca aos meus rins; protegeu-me um membro do CODESA e o Presidente da Associação
Marroquina de Direitos Humanos"; a polícia dizia, "matem a traidora".
Aproximei-me da Avenida Smara no bairro de Maatala, para apoiar os meus compatriotas.
Dirigi-me à polícia para dizer que não havia que reprimir a livre expressão das
pessoas. A polícia que não, que estavam levantando bandeiras".
Aminetu explicou que no momento da entrevista se encontra em
sua casa descansando, rodeada por saharauis. Lá fora, os marroquinos atiram pedras
contra as janelas e destruíram-lhe o carro.
"Os que me agrediram eram polícias fardados. Tirei fotos
e um vídeo dos polícias destruindo o meu carro. Tenho as fotos no meu
computador mas privaram-me de acesso à Internet. Neste momento, enquanto vos
falo há confrontos na cidade. A mensagem da cidade a Ross é que estamos dispostos
a tudo pela liberdade”.
El Aaiún hoje: aparato policial numa das ruas da cidade... |
A entrevista com Ross foi muito boa. Ouviu a nossa opinião sobre
as negociações, apoiamos a via pacífica, mas não podem prosseguir enquanto a
polícia continuar a reprimir o povo. Há que pressionar Marrocos para que sejam
protegidos os direitos fundamentais dos saharauis. Pedimos um mecanismo de
proteção dos Direitos Humanos na MINURSO. O advogado Ergueibi estava connosco e
falámos sobre a justiça marroquina que não é independente. O que importa é a solução
política do conflito. Ross está informado de tudo o que se passou esta tarde.
AMINETU HAIDAR, HORA 25
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