quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CPPC rejeita condenação de cidadãos saharauis





A propósito da conclusão do julgamento, em tribunal militar marroquino, dos 23 prisioneiros saharauis que participaram no acampamento de «Gdeim Izik» - a maioria dos quais foram condenados a pesadas penas de prisão, incluindo pena perpétua - o Conselho Português para a Paz e Cooperação começa por reafirmar que tal processo é ilegítimo, pois o Reino de Marrocos ocupa ilegalmente o território da República Árabe Saharaui Democrática (reconhecida por dezenas de países do mundo), não tendo pois qualquer legitimidade para intervir e acusar cidadãos saharauis nos próprios territórios ocupados.

Para o CPPC, a violência exercida aquando do desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik (uma manifestação pacífica à qual aderiram mais de 20 mil cidadãos saharauis), intervenção que constituiu mais um ato de intromissão e intimidação, agora continuada nestas pesadas condenações, tem apenas um responsável: o Reino de Marrocos, que priva o povo saharaui do elementar direito a um teto de abrigo, à sua autodeterminação e independência como nação, e reprime toda e qualquer ação que defenda esse que é um direito basilar de qualquer povo, à luz da Carta das Nações Unidas.

O CPPC espera que as autoridades portuguesas façam ouvir a sua voz na defesa da libertação dos saharauis condenados (num processo, aliás, de contornos obscuros e escandalosos) e na exigência do reconhecimento efetivo do inalienável direito do povo saharaui a ter o seu próprio Estado independente e soberano, sem mais ingerências externas. Esta é a única garantia para a Paz e a estabilidade naquela sensível região do globo.

https://www.facebook.com/pages/Conselho-Portugu%C3%AAs-para-a-Paz-e-Coopera%C3%A7%C3%A3o/172967316057604)

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