O preso político e vice-presidente
do Comité Saharaui de Dakhla contra a Tortura, El Mahyub Aulad Chij, apela desde
a Prisão Negra as organizações de direitos humanos para a situação da sua família.
A partir da Prisão Negra
de El Aaiun ocupada, El Mahyub Aulad Chij fez quinta-feira passada, 19 de setembro,
um apelo às organizações internacionais de direitos humanos e à ONU para intervir
junto da administração de ocupação marroquina para esclarecer o paradeiro do seu
irmão Abad Elyalil Aulad Chij, sequestrado pelo exército marroquino em 1980.
O preso político,
que está detido na Prisão Negra de El Aaiun, fez esta denúncia depois de saber
a descoberta de duas fossas comuns de saharauis executados pelas FAR, Forças Armadas
Reais de Marrocos, no ano de 1976.
El Mahyub recorda de
novo a difícil situação que vive a sua família dado ele estar na prisão e o seu
irmão desaparecido pelo exército marroquino sem que a administração marroquina dê
explicações sobre a sua situação.
El Mahyub sofreu perseguição
e torturas pelos serviços policiais e da gendarmaria marroquina na cidade de Dakhla,
e atualmente cumpre três anos de prisão por participar nas manifestações de Dakhla
contra a ocupação marroquinas, ocorridas em 2011.
O preso foi perseguido
pelos Serviços Secretos marroquinos e, em várias ocasiões, foi torturado pelo tristemente
conhecido oficial da segurança Hariz Larbi, que lhe retirou em 2003 os seus
documentos para impedir a sua participação numa conferência sobre direitos humanos
em Genebra em 2011 organizada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, e para a qual fora convidado.
Fonte: Poemario por
un Sahara Libre / Defensores de DD. HH.
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