Não
estão ainda reunidas as condições para a reabertura da fronteira entre a Argélia
e Marrocos, encerrada desde 1994, afirmou hoje terça-feira o novo chefe da
diplomacia argelina, Ramtane Lamamra. "As razões que levaram ao
encerramento da fronteira ainda não estão resolvidas", declarou à radiodifusão
pública, acrescentando que a reabertura necessitava de uma "dinâmica destinada
a resolver o conjunto das razões" do encerramento ; é preciso que esta dinâmica
seja "conduzida e resolvida até ao fim", acrescentou Ramtabe Lamamra.
Em
1994, Argel decidiu fechar a fronteira terrestre com Rabat após um atentado mortífero em Marraquexe de
cuja autoria o reino de Marrocos responsabilizou os serviços de informação
argelinos.
"As
relações entre a Argélia e Marrocos não estão desmesuradamente tensas e têm um
potencial de melhoria ", precisou Lamamra.
O
ministro argelino afirmou que as relações entre os dois países não estavam
normalizadas por causa de "um acesso de febre, especialmente nos meios de
comunicação social e às vezes nalgumas declarações oficiais."
Argélia
e Marrocos têm tentado nos últimos anos fortalecer a sua cooperação e melhorar
as relações, mas estes esforços são dificultados pelo conflito do Sahara
Ocidental, antiga colónia espanhola que o Marrocos ocupa desde 1975.
A
Argélia apoia os independentistas da Polisario, que rejeitam o plano de autonomia
marroquino e reclamam a realização de um referendo de autodeterminação.
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