Os participantes da 38 ª Conferência Europeia de Coordenação
e Apoio ao Povo Saharaui (EUCOCO), que concluiu os seus trabalhos este sábado na
capital italiana, Roma, exigiram às Nações Unidas (ONU) e ao Conselho de Segurança
que acelerem a organização do referendo de autodeterminação do povo saharaui.
Madrid acolherá próxima EUCOCO - Conferência Europeia de Coordenação do Apoio
ao Povo Saharaui
No comunicado final, cuja aprovação concluiu esta edição da Eucoco
realizada sob o lema "a autodeterminação do povo saharaui, condição para a
paz no Magrebe“, os participantes instaram a ONU e o Conselho de Segurança a abordar
"sem demora "a aplicação do referendo no Sahara Ocidental, que prevê a
autodeterminação do povo saharaui.
A EUCOCO elogiou a conferência de Abuja, que teve lugar em outubro
de 2013, acolheu com satisfação a adoção pelo Parlamento Europeu do relatório Tannock
sobre os direitos humanos na região do Sahel, o relatório do Departamento do
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, além da investigação
levada a cabo por peritos da Universidade do País Basco com a descoberta de fossas
comuns no território saharaui.
A 38.ª EUCOCO reconheceu e enalteceu o papel que as mulheres
desempenham na resistência saharaui contra a ocupação marroquina.
No grupo de trabalho sobre " política, informações e
recursos naturais", os participantes condenaram a pilhagem dos recursos
naturais saharauis por Marrocos e seus parceiros europeus, concordando em
mobilizar de imediato toda a Europa para que o Parlamento Europeu rejeite o
acordo de pesca UE-Marrocos, assim como a necessidade de desenvolver uma "estratégia
de comunicação" para a questão saharaui que capte o interesse dos meios de
comunicação.
Os membros deste grupo de trabalho irão trabalhar com
governos, deputados, associações de direitos humanos, ONGs e comités de
solidariedade para que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança prorroguem o
mandato da MINURSO à proteção dos direitos humanos da população saharaui nos
territórios ocupados do Sahara Ocidental e garantam a liberdade de movimento.
Também organizaram uma campanha para a desmilitarização,
remoção de minas e eliminação do muro militar de 2.720 quilómetros construído
por Marrocos no Sahara Ocidental.
O grupo de trabalho sobre " direitos humanos "
instou o movimento solidário com o povo saharaui a apoiar as ações para a libertação
de todos os presos políticos saharauis e reforçar as missões de observação.
Os participantes no" grupo de ajuda humanitária”,
presidida pelo ministro saharaui da
Cooperação, Brahim Mojtar, expressaram o seu compromisso de trabalhar individual e coletivamente para a manutenção
e o fortalecimento da ajuda humanitária aos refugiados saharauis .
Por seu lado, os participantes nos grupos de trabalho "juventude
e desporto” e “cultura" exigiram a proteção do património cultural
saharaui, o fortalecimento da União dos Estudantes Saharauis (UESARIO) para desenvolver
plenamente o seu papel no apoio aos estudantes e licenciados através da colaboração
com diferentes organizações estudantis e juvenis.
O grupo de Trabalho e Sindicatos "denunciou o saque dos
recursos naturais saharauis, e exigiu que os acordos agrícolas e de pesca não sejam
renovados ou firmados entre a UE e Marrocos.
Os membros do grupo de trabalho expressaram a sua solidariedade
com os trabalhadores saharauis nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, e
exigiram a libertação de todos os presos políticos saharauis.
SPS
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