A União Europeia assegura que o acordo que pretende firmar com
Marrocos é sustentável do ponto de vista meio ambiental. As fotos deste artigo mostram
a realidade de como gere Marrocos os recursos do território que ocupa.
Segundo soube o WSRW, os proprietários do barco não estariam
contentes com o tamanho das sardinhas, que não se ajustaria às necessidades da
fábrica de conservas em Agadir (Marrocos). No momento em que atirou as 60
toneladas de sardinha ao mar, o barco encontrava-se a 24º Sul, em águas do Sahara
Ocidental. Só este barco, este ano, atirou mais de 1.000 toneladas de peixe ao
mar.
“É hora de que o saque
dos recursos pesqueiros do Sahara Ocidental sejam dirimidos num tribunal
internacional. Marrocos não tem direito a tratar estes recursos como se fossem
seus”, declarou Sara Eyckmans, coordenadora do Western Sahara Resource Watch.
Nos últimos 2-3 anos, uma grande frota marroquina de barcos
semelhantes ao Adrar esteve a operar no Sahara Ocidental, para além da frota
russa. Agora, a UE também quer firmar um acordo com Marrocos para se aproveitar
dos bancos de pesca saharauis. O relatório preparado pela Comissão de Pesca do
Parlamento Europeu indica textualmente que o acordo se ajusta ao “solicitado
pelo Parlamento Europeu, (…) do ponto de vista (…) da sustentabilidade social e
meio ambiental“, sublinhando que o PE exigia que “as possibilidades de pesca deveriam
responder a critérios estritos de sustentabilidade“, realçando que, “segundo
todas as opiniões consultadas, a resposta marroquina foi excelente“.
Não é a primeira vez que o WSRW documenta este tipo de factos
no Sahara Ocidental.
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