A AMDH publicou um comunicado na passada quinta-feira, dia 16
de janeiro, a sua condenação à atuação dos militares e das forças auxiliares marroquinas
pelo seu selvagem tratamento aos manifestantes saharauis que saíram à rua dia
15, em manifestações pacíficas na cidade saharaui de Smara contra a ocupação e
a violação dos direitos humanos.
A AMDH condena e repudia os selváticos métodos que os serviços
de segurança e os militares usam contra os manifestantes saharauis, como as cacetadas
no peito, nos genitais, na cabeça, no rosto e na coluna vertebral.
A associação marroquina pôde observar e documentar estes inumanos
e bárbaros atos que levam a cabo os serviços militares, polícias e forças
auxiliares marroquinas nos recentes protestos pacíficos na cidade de Smara na
passada quarta-feira, dia 15. A associação cita vários casos, como o da jovem
Sukeina Zreibii internada no hospital com pancadas na zona do coração; El
Hosein Sramha torturado com cacetadas nas partes genitais e abandonado nos
descampados fora da cidade durante várias horas, até que alguém o auxiliou e
pôde ser levado com urgência para a cidade de El Aaiun; e o caso do cidadão saharaui
El Hafed Uld Saleh Uld Buyema com fraturas na coluna, nos braços e pernas e crânio.
A Associação Marroquina de Direitos Humanos condena energicamente
esta selvática e inumana atuação contrária aos princípios dos direitos humanos
das pessoas e pede ao Estado marroquino que abra investigações para esclarecer
estes graves atropelos e abusos de força a fim de levar os seus responsáveis
perante a justiça.
Fonte: AMDH, Associação Marroquina de Direitos Humanos
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