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| Omar Mansour |
O apoio ao direito do povo saharaui à autodeterminação e à independência
estão no centro da 9.ª edição da semana anticolonial, onde o representante da
Frente Polisario em Paris, Omar Mansour, ao inaugurar hoje, sábado, o evento acusou
a França de "querer bloquear" a resolução da questão do Sahara Ocidental.
"O governo francês encoraja Marrocos a prosseguir a
ocupação do Sahara Ocidental e cada vez que as Nações Unidas tentam exercer pressões
para levar esse país a reconhecer os direitos do povo saharaui à autodeterminação,
a França, membro do Conselho de Segurança da ONU, manobra para bloquear
qualquer avanço na resolução deste problema de descolonização", afirmou
perante numerosos representantes de partidos políticos, associações e simpatizantes.
"Lamentamos esta situação", acrescentou, esperando
que o governo socialista que "prometeu mudanças, possam expandi-los à margem
sul do Mediterrâneo", apoiando os povos a dispor de si próprios, a
respeitar a sua escolha democrática, o seu direito à autodeterminação e a encontrar
soluções que correspondam às suas aspirações.
"Nós não queremos que a França seja hostil a Marrocos,
mas simplesmente que a sua amizade não se construa à custa dos direitos
legítimos do povo do Sahara Ocidental à autodeterminação", disse Mansour.
“Pedimos também (à França) que não apoie de modo algum a
posição de Marrocos na oposição à extensão do mandato da MINURSO a respeito da proteção
dos direitos humanos no Sahara Ocidental, enquanto se aguarda a solução
definitiva da questão do Sahara Ocidental ", disse Mansour, considerando "incompreensível
que a França, que proclama campeã dos direitos humanos, possa aplicar dois
pesos e suas medidas "sobre esta questão.
A semana anticolonial nasceu do protesto suscitado pela
votação na Assembleia francesa da lei sobre o "balanço positivo da colonização"
a 25 de fevereiro de 2005.
Um coletivo agrupando mais de 50 associações, partidos políticos
e movimentos organizaram então a 1.ª Semana Anticolonial para denunciar a
ideologia colonialista e revigorar o movimento anticolonialista.
Fonte: (SPS)
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