A
organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) expressou a sua preocupação pelo arresto
e detenção em princípios do mês de julho do jornalista e militante saharaui
Mahmud Haisan, que é acusado de "participar numa organização armada".
Em comunicado,
RSF refere que Haisan, correspondente da cadeia da Frente Polisario, RASD TV, em
El Aaiún (capital administrativa do Sahara Ocidental), compareceu ante o juiz no
dia 21 de julho e nos próximos dias deverá conhecer-se se as acusações contra
ele se mantêm.
RSF explica
que no passado dia 4 de julho vários carros da polícia rodearam o domicilio do
jornalista no centro da cidade e levaram-no para lugar desconhecido e que, após
48 horas sem qualquer informação sobre o seu paradeiro, as associações locais
defensoras dos direitos humanos anunciaram que ele tinha sido trasladado para a
prisão de Lakhal.
Repórteres Sem
Fronteiras recorda que “a detenção de um jornalista devido às suas atividades
profissionais constitui uma violação dos compromissos internacionais de Marrocos
em matéria de liberdade de informação", sublinha no comunicado Virginie
Dangles, adjunta da direção de RSF.
RSF, que tentou
sem êxito entrar em contacto com o Ministério da Comunicação marroquino, insta as
autoridades marroquinas a abrir uma investigação sobre "os maus
tratos" que Haisan está a sofrer durante a sua detenção e que têm sido denunciados
pelo seu advogado.
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