Apenas oito dias nos separam da reunião que faz tremer o regime de
Marrocos: 27 de outubro, sessão sobre o Sahara Ocidental no Conselho de
Segurança.
Marrocos ainda não perdeu a esperança. Desta vez, porém, a famosa
linha telefónica mágica do rei Mohamed VI parece desativada. Ou, então, o Rei
espera que ela funcione em sentido inverso. Sonha com um telefonema do
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dizendo:
"Majestade,
decidimos responder favoravelmente ao seu pedido. A MINURSO não será
encarregada do acompanhamento da observância dos direitos humanos no Sahara
Ocidental. Não vou pedir ao Conselho de Segurança que atue ao abrigo do
capítulo VII e a palavra autodeterminação será excluída da próxima resolução.
Agora, por favor, queira receber o meu representante pessoal para o
Sahara Ocidental. Tudo fará para que o Conselho de Segurança imponha o seu
plano de autonomia".
Com este fim, Marrocos multiplica as ameaças. Às vezes, o terrorismo.
Às vezes, a ameaça de um novo 11-M na Espanha. E, outras, a ameaça de guerra
contra a Argélia.
O Makhzen, dirigido pelo grande monarca, não sabe para onde se virar.
Fonte: Plan de paix au
Sahara Occidental
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