domingo, 19 de outubro de 2014

As dores de barriga do Mahkzen



Apenas oito dias nos separam da reunião que faz tremer o regime de Marrocos: 27 de outubro, sessão sobre o Sahara Ocidental no Conselho de Segurança.

Marrocos ainda não perdeu a esperança. Desta vez, porém, a famosa linha telefónica mágica do rei Mohamed VI parece desativada. Ou, então, o Rei espera que ela funcione em sentido inverso. Sonha com um telefonema do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dizendo:

"Majestade,

decidimos responder favoravelmente ao seu pedido. A MINURSO não será encarregada do acompanhamento da observância dos direitos humanos no Sahara Ocidental. Não vou pedir ao Conselho de Segurança que atue ao abrigo do capítulo VII e a palavra autodeterminação será excluída da próxima resolução.
Agora, por favor, queira receber o meu representante pessoal para o Sahara Ocidental. Tudo fará para que o Conselho de Segurança imponha o seu plano de autonomia".

Com este fim, Marrocos multiplica as ameaças. Às vezes, o terrorismo. Às vezes, a ameaça de um novo 11-M na Espanha. E, outras, a ameaça de guerra contra a Argélia.

O Makhzen, dirigido pelo grande monarca, não sabe para onde se virar.

Fonte: Plan de paix au Sahara Occidental

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