Manhã de 27 de outubro, sessão do
Conselho de Segurança da ONU sobre a questão do Sahara Ocidental.
A pedido do Secretário-Geral, o Conselho
reúne-se para examinar os progressos realizados no trabalho do Enviado Pessoal de
Ban Ki-moon para o Sahara Ocidental, Christopher Ross.
As deliberações
no Conselho de Segurança chegam num momento em que Marrocos está em guerra com
a ONU. Uma realidade corroborada pelos documentos revelados pelo que parece ser
um Wikileaks marroquino (https://twitter.com/chris_coleman24).
Com efeito, segundo diferentes documentos
trocados entre o Representante Permanente de Marrocos junto das Nações Unidas e
do seu adjunto e a sua central em Rabat, Marrocos protesta contra a definição
do Sahara Ocidental como "território não autónomo", a referência aos
recursos naturais, os direitos Humanos, o prazo de abril de 2015 para
"considerar plenamente" as negociações, bem como a nomeação de Kim
Bolduc como Representante Especial e Chefe da MINURSO.
A situação de tensão entre Marrocos e
as Nações Unidas é descrita numa nota enviada a 14 de agosto de 2014 por
Abderrazzak Laassel, Representante Permanente Adjunto, como "um estado de
nervosismo que se apoderou da Secretaria da ONU que já não sabe como explicar a
falta de resposta às reiteradas petições de Marrocos, tanto para a visita de
Christopher Ross à região como para a entrevista com a senhora Kim Bolduc
". A Secretaria `pediu várias vezes a Hilali que recebesse a Senhora
Bolduc.
Ante a
dimensão das revelações publicadas na net, a imprensa marroquina, como sempre, estende
o dedo à Argélia, culpando os serviços secretos argelinos, embora o ministro de
Negócios Estrangeiros marroquino tenha já acusado a França de estar por detrás
dos documentos secretos posto à disposição do público.
Fonte:
Diaspora Saharaui
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