sábado, 25 de outubro de 2014

Wikileaks do Makhzen : previsões alarmistas de Rabat




Marrocos prevê uma segunda crise com a administração Obama. No cerne do mal-entendido entre Washington e Rabat o mandato do Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross. Os EUA exigem progressos nos esforços de mediação de Ross e que ele se possa deslocar à região.

É a segunda ronda da questão dos direitos humanos. Os dirigentes americanos lembram, a todo o momento, Marrocos dos compromissos assumidos a quando do encontro entre o Presidente Obama e o Rei Mohamed VI relativamente à proteção dos DDHH.

Os EUA exigem também a Marrocos uma melhoria das relações com a Argélia. Para justificar as suas falhas de compromisso, Rabat tenta culpabilizar a Argélia dando uma mediatização exagerada a pequenos incidentes de percurso.

O período de abril 2014-abril 2015 é descrito numa nota interna do Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino como «uma etapa charneira na gestão do Sahara» pelas Nações Unidas. Nessa nota, são veiculadas instruções com o objetivo de levar Christopher Ross à demissão e a lutar contra a decisão do Secretariado da ONU de tratar o território do Sahara Ocidental como território não-autónomo. É nesse quadro que surge a nomeação da nova chefe da MINURSO a quem Marrocos impede de entrar no Sahara Ocidental.

Entre as medidas que irritaram as autoridades marroquinas está a decisão da ONU de realizar os encontros oficiais na sede da MINURSO e não num hotel pejado de microfones pela DGED marroquina.

E por fim, e sempre, o contencioso dos Direitos Humanos. Marrocos tinha-se comprometido a permitir mais visitas do Alto-comissário das nações Unidas para os Direitos Humanos.


Nenhumas das expectativas dos Estados Unidos se concretizaram. Daí as previsões pessimistas marroquinas relativamente às relações o Tio Sam.

Fonte: Diaspora Saharaui

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