É um chamamento em defesa do povo do
Sahara Ocidental e da sua cultura, tão esquecidos pelo mundo mediático. Personalidades
da cultura, das artes e letras de diversos países, incluindo os de língua
portuguesa, associaram-se à causa, «com a força e o sentimento de contribuir
para a realização de uma verdadeira paz para os saharauis e os povos da região»
no norte de África.
Numa carta de apelo, o grupo de
promotores da iniciativa refere que quer apenas fazer ouvir a voz do povo saharaui,
entender as suas preocupações e fazer cumprir o direito internacional. Basta recordar
que a 14 de novembro de 1975 começou para os saharauis uma triste história de
guerra, exílio, êxodo e abuso dos direitos humanos mais básicos, como a vida, a
liberdade e a autodeterminação.
Intelectuais, escritores, poetas,
professores, jornalistas e artistas estão entre os que apoiam este movimento de
solidariedade. Exortam a Espanha (ex-país colonizador) e Marrocos (país
ocupante) a assumirem o seu compromisso, de modo a não sepultar da sua agenda
bilateral a questão saharaui. O chamamento aberto a novas adesões conta, entre
outros, com a assinatura dos escritores Eugénia Neto, viúva de Agostinho Neto, e
Luís Kandjimbo (Angola), Corsino Fortes e José Luís Hopffer (Cabo Verde), do
historiador Julião Soares de Sousa (Guiné-Bissau), dos professores
universitários Pires Laranjeira e Salvato Trigo (Portugal), de Armindo do
Espírito Santo (São Tomé e Príncipe), Edna Maria dos Santos (Brasil), e de
Sheila Khan
(Moçambique).
Fonte: África21 – novembro 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário