São
muitas as vezes que a imprensa argelina denuncia o facto da imprensa francesa tecer
sempre elogios ao Reino de Marrocos e criticas à Argélia.
O
silêncio da imprensa gaulesa sobre os assuntos desvendados pelo hacker marroquino
Chris Coleman constitui, uma vez mais, a prova de uma estranha cumplicidade e
complacência para com as autoridades de Rabat.
Coleman
provou a excelência dos responsáveis marroquinos em práticas de corrupção. Um dessas
práticas mais utilizadas é a de convidar as pessoas visadas a visitar e a
passarem uma estadia em Marrocos.
Uma
vez no país, essa pessoa é convidada a envolver-se em qualquer tipo de
perversão e práticas sexuais. Incluindo a pedofilia. Mas todas as ações da
pessoa são fotografadas e filmadas. Em seguida, os serviços de segurança far-lhe-ão
saber que têm provas contra ela. Assim, essa pessoa será obrigada a calar-se para
sempre.
Jornalistas
franceses foram pagos e incentivados a visitar Marrocos para umas férias, com a
família e a solo. Entre eles, Vincent Hervouet apresentador do canal de televisão
LCI. Seus contatos não eram diplomatas ou funcionários do ministério dos Negócios
Estrangeiros, mas agentes da DGED marroquina. Ahmed Charai, no caso.
Os
e-mails trocados entre os dois personagens foram plasmados no ecrã pelo hacker Coleman.
Pagamentos de 6.000 e 38.000 €, férias pagas, tudo por conta do serviço de
espionagem de Sua Majestade o Rei Mohamed VI.
No
entanto, a imprensa francesa age como se nada tivesse acontecido. Será por que
todo o corpo jornalístico foi arrastado por práticas de corrupção e chantagem marroquinos?
No entanto, há uma investigação interna no Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Refugiados (ACNUR), em Genebra. De lá, também, é o silêncio rádio, a
falta de notícias!
Fonte:
Diaspora Saharaui
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