quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Mohamed Bani, um dos presos de Gdeim Izik



Mohamed Bani
Idade: 45
Condenado à Vida

Mohamed Bani nasceu em El Aaiún, capital do Sahara Ocidental ocupado, em 1969. Casado e pai de cinco filhos, Bani era um dos poucos saharauis com a sorte de terem encontrado emprego num sistema que tende a preferir colonos marroquinos a saharauis. Bani trabalhou no Ministério das Infraestruturas.

Mohamed Bani foi preso a 8 de novembro de 2010, no local do acampamento de Gdeim Izik, quando se preparava para evacuar o local. Mohamed não tinha participado no acampamento de protesto, mas ia ali, de quando em vez, para visitar parentes que tinham colocado as suas tendas no local. Ele havia visitado a sua família no domingo 7 de novembro, um dia antes do acampamento ter sido queimado e reduzido a cinzas. Quando ele tentou sair à noite, foi parado pela polícia e o exército marroquinos, que haviam selado o perímetro em torno do acampamento. Quando Mohamed tentou sair de novo na manhã seguinte, a polícia prendeu-o, acusando-o de ter atropelado policiais.

Bani foi submetido a torturas físicas e psicológicas na prisão; depois de ter sofrido um traumatismo craniano grave causado por espancamento excessivo, passou seis dias sem qualquer forma de assistência médica, ainda com os olhos vendados, algemado, privado de sono e comida, e tinha urina derramada sobre ele. As feridas não estão ainda curadas e, até hoje, Mohamed continua a ter problemas resultantes do ferimento na cabeça.


A 17 de fevereiro de 2013, O Tribunal Militar de Rabat condenou Mohamed Bani a prisão perpétua.

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