Uma espia dos
serviços secretos marroquinos está a ser julgada em Espanha por roubo de
informação confidencial da Audiência Nacional (o tribunal de maior instância no
Estado espanhol).
"A espia"
trabalhava como tradutora da língua do Rif (rifenho) para o Centro Nacional de
Inteligência espanhol (os serviços secretos espanhóis) e para o Ministério da
Justiça, e terá transmitido informação confidencial ao serviço secreto de Marrocos
relativo às investigações em curso sobre as redes terroristas.
O Centro
Nacional de Inteligência (CNI) marroquino infiltrou como a alegada tradutora na
Audiência Nacional, com o objetivo de obter informação de processos judiciais
que se encontravam sob segredo de justiça.
Segundo a denúncia
apresentada pela Polícia Nacional de Espanha, a agente conseguiu subtrair
documentação sobre redes de captação de terroristas jihadistas, procedente de vários
processos judiciais que estavam a ser instruídos pelos juízes Pablo Ruz e
Fernando Andreu e passou-a aos serviços secretos marroquinos.
A Comissaria
Geral da Informação da Polícia Nacional comunicou estes factos ao juiz Andreu,
que abriu uma investigação preliminar ao conhecer que uma das tradutoras que
trabalhavam na Audiência era na realidade uma «toupeira» dos serviços secretos
espanhóis e trabalhava de facto para a DGED marroquina
A intérprete
está acusada de delito roubo e revelação de segredos. Dado que este delito fica
fora das competências da Audiência Nacional, os factos estão sendo investigados
por um Julgado de Instrução de Madrid. A espia marroquina poderá enfrentar uma pena
até cinco anos de prisão, por estar ao serviço de um país estrangeiro. Marrocos,
como era de esperar, não deu nenhuma informação sobre o ocorrido em defesa da
sua cidadã.
Fonte
Confidencial Saharaui
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