segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Julgamento de uma espia marroquina em Espanha




Uma espia dos serviços secretos marroquinos está a ser julgada em Espanha por roubo de informação confidencial da Audiência Nacional (o tribunal de maior instância no Estado espanhol).

"A espia" trabalhava como tradutora da língua do Rif (rifenho) para o Centro Nacional de Inteligência espanhol (os serviços secretos espanhóis) e para o Ministério da Justiça, e terá transmitido informação confidencial ao serviço secreto de Marrocos relativo às investigações em curso sobre as redes terroristas.

O Centro Nacional de Inteligência (CNI) marroquino infiltrou como a alegada tradutora na Audiência Nacional, com o objetivo de obter informação de processos judiciais que se encontravam sob segredo de justiça.

Segundo a denúncia apresentada pela Polícia Nacional de Espanha, a agente conseguiu subtrair documentação sobre redes de captação de terroristas jihadistas, procedente de vários processos judiciais que estavam a ser instruídos pelos juízes Pablo Ruz e Fernando Andreu e passou-a aos serviços secretos marroquinos.

A Comissaria Geral da Informação da Polícia Nacional comunicou estes factos ao juiz Andreu, que abriu uma investigação preliminar ao conhecer que uma das tradutoras que trabalhavam na Audiência era na realidade uma «toupeira» dos serviços secretos espanhóis e trabalhava de facto para a DGED marroquina

A intérprete está acusada de delito roubo e revelação de segredos. Dado que este delito fica fora das competências da Audiência Nacional, os factos estão sendo investigados por um Julgado de Instrução de Madrid. A espia marroquina poderá enfrentar uma pena até cinco anos de prisão, por estar ao serviço de um país estrangeiro. Marrocos, como era de esperar, não deu nenhuma informação sobre o ocorrido em defesa da sua cidadã.


Fonte Confidencial Saharaui

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