O secretário-geral das ONU, Ban Ki-moon, disse hoje m Nouakchott,
primeira etapa da sua viagem pela região do Sahara Ocidental, que chega com a intenção
de impulsionar negociações que ponham fim ao “muito velho ” conflito do Sahara,
que data de 1975.
“Espero poder impulsionar as negociações e permitir aos
refugiados regressar a suas casas no Sahara Ocidental o mais depressa possível”,
disse Ban depois de reunir com o presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz.
Ban tem previsto visitar amanhã uma base da MINURSO (Missão
das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) e os campos de
refugiados saharauis situados na região argelina de Tindouf, onde vivem mais de
100.000 pessoas sob a autoridade da Frente Polisario.
O secretário-geral da ONU chegou ontem a Nouakchott para uma
visita de dois dias à Mauritânia, que têm grande vinculação política, social e
cultural com os saharauis.
A Mauritânia foi subscritora com Marrocos e Madrid dos Acordos
Tripartidos de 1975, pelos quais o território saharaui foi repartido em dois, ficando
Nouakchott como administrador da província de Rio de Ouro (sul do Sahara).
Mas esta situação durou apenas três anos e em 1978 a Mauritânia
retirou-se, deixando a sua parte a Marrocos e reconhecendo a República Árabe
Saharaui Democrática (RASD).
Agora, a postura de “neutralidade positiva” da Mauritânia
ante o conflito é “entendida por todas as partes como um método construtivo de resolução
do conflito”, referiu hoje Ban.
O SG da ONU também se referiu a outras questões, como a persistência
na Mauritânia da escravatura, e elogiou a ação do Governo para “pôr fim definitivamente
a práticas que não têm lugar em pleno século XXI”.
Fonte: Noticias de Gipuzkoa / EFE
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