sábado, 11 de março de 2017

GDEIM IZIK – Observadores do Parlamento Europeu, Espanha, França, Portugal e Noruega participam no julgamento de presos políticos saharauis




A 13 de Março, no Tribunal de Primeira Instância de Salé, irá prosseguir o julgamento do grupo de presos politicos saharauis conhecido como grupo de Gdeim Izik. Neste julgamento irão participar observadores de Espanha, França, Portugal e Noruega, destacando-se ainda a participação de Paloma Lopez, vice-presidente do Intergrupo para o Sahara Ocidental do Parlamento Europeu e euro deputada da IU ( Izquierda Unida).
A vice presidente do Intergrupo do Parlamento Europeu, assinala que “é indispensável a presença de observadores internacionais porque o processo violou todas as garantias judiciais desde o princípio”.
Lopez denuncia as ilegalidades do processo: Marrocos congelou a decisão do Tribunal de Cassation que anula a primeira sentença militar e durante estes 4 anos o grupo de Gdeim Izik esteve detido e foi sistematicamente torturado. De facto, nem se pode sequer considerar que este novo processo cumpra os standards mínimos de legalidade, uma vez que “se vai celebrar num tribunal extraterritorial, situado fora dos territórios ocupados do Sahara Ocidental”, explica a eurodeputada.
Jon Rodríguez, outro observador e responsável do Grupo de Trabalho sobre Médio Oriente e África da Comissão Federal de Relações Internacionais da IU, adverte que o julgamento, ao celebrar-se em Salé, Rabat, “é em si mesmo um ato contrário ao direito internacional, que reconhece o Sahara Ocidental como um território pendente de descolonização e dita que os habitantes de territórios ocupados devem ser julgados no mesmo, independentemente da autoridade que o faça”.
A delegação da Izquierda Unida inclui ainda Amaia Arenal, vereadora da UdalBerri–Bilbao en Común; o vereador de Irabazi Zumarraga, Unai Orbegozo; o porta voz de Ahora Madrid en Villa de Vallecas, Alejandro Sanz, e o advogado Francisco Serrano, que é membro da Associação Internacional de Juristas para o Sahara.
De França irá participar Michèle Decastre da AFASPA (Associação Francesa de Amizade com os Povos de África), a advogada Aline Chanu e a jornalista Rosa Moussaoui.
De Espanha irão ainda Rosário García Diaz da Fundación Sahara Occidental (FUSO) e Cristina Benitez Lugo.
Tone Moe Sorefon da associação RAFTO da Noruega e Isabel Lourenço de Portugal, que é membro da FUSO e do porunsaharalibre.org também participarão.
Claude Mangin, esposa de Naama Asfari, um dos acusados, irá novamente tentar assistir ao julgamento, recordamos que foi expulsa de Marrocos, na ultima sessão, não tendo podido sair do aeroporto e sendo forçada a regressar à Europa.
Espera-se a participação de vários jornalistas e mais observadores neste julgamento.

Fonte: Porunsaharalibre.es

Sem comentários:

Enviar um comentário