"A nossa posição sobre o Sahara Ocidental não mudou e permanecerá inalterada. De acordo com a nossa apreciação do direito e das Nações Unidas, o estatuto final do Sahara Ocidental continua por definir. A sua determinação definitiva é objecto de um processo de negociação sob a égide das Nações Unidas", respondeu o porta-voz após uma pergunta sobre se a Alemanha considera o Sahara Ocidental ocupado por Marrocos, segundo refere a agência Europa Press.
O funcionário informou também que na passada terça-feira a embaixadora marroquina em Berlim foi convocada para uma conversa com o Secretário de Estado após ter sido divulgada uma nota assinada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino na qual este solicitava aos departamentos oficiais que suspendessem "amavelmente" todos os contactos com a Embaixada alemã devido a "desacordos profundos".
"Do nosso ponto de vista, não há razão para uma deterioração das relações diplomáticas com Marrocos", disse o funcionário alemão, acrescentando que "a Alemanha e Marrocos têm vindo a trabalhar juntos em muitos campos há anos, e isto é, na nossa opinião, do interesse de ambas as partes", sublinhou.
O diplomata alemão explicou que a compreensão da situação actual no Sahara Ocidental requer um recuo na história, uma vez que esta questão está a ser tratada como uma questão de descolonização.
Resolver disputas pacificamente significa respeitar as regras, implementar as resoluções do Conselho de Segurança e o direito internacional", afirmou.
"Precisamos urgentemente da nomeação de um novo Enviado Especial do Secretário-Geral para o Sahara Ocidental. Se não tivermos êxito, o processo de paz será em vão", disse ele.
O diplomata alemão alertou para as perigosas repercussões do conflito, o que poderia levar a mais frustrações para o povo saharaui. "Há toda uma geração de saharauis que cresceu em campos de refugiados e não tem esperança, não devemos perder esta jovem geração", lamentou.
Concluindo a sua intervenção, o porta-voz alemão pediu aos Estados Unidos que assumissem a sua responsabilidade e renovassem o seu compromisso para uma solução justa, duradoura e mutuamente aceitável para o problema do Sahara Ocidental no quadro do direito internacional.
Fonte: ECS+Europa Press
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