Jeppe Kofod (social-democrata), ministro dos NE da Dinamarca
ECS - 20-03-2021 - Na passada quinta-feira, a Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento dinamarquês realizou uma sessão dedicada à discussão da situação no Sahara Ocidental, especialmente após o recomeço da guerra e a declaração de Trump para reconhecer a alegada soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, segundo o portal digital Sumoud.
O debate contou com a presença do ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Jeppe Kofod, que respondeu a perguntas de parlamentares dinamarqueses relativamente à situação no Sahara Ocidental e a posição da Dinamarca sobre a declaração de Trump sobre o território, bem como as disputas legais sobre a exploração das suas riquezas naturais.
Durante a sessão da Comissão dos Negócios Estrangeiros, à qual assistiu também o ministro das Finanças, Simon Kollerup, o chefe da diplomacia dinamarquesa renovou a posição do seu país sobre a questão do Sahara Ocidental, sublinhando que Copenhaga apoia os esforços das Nações Unidas para alcançar uma solução justa para o conflito saharaui e apelou às duas partes, Marrocos e a Frente Polisario, a entrarem em negociações diretas.
Quanto à posição do seu país relativamente à declaração de Trump sobre o Sahara Ocidental, o chefe da diplomacia dinamarquesa confirmou que a posição de Copenhaga sobre o Sahara Ocidental não mudou, acrescentando que a administração do Presidente Biden reafirmou recentemente o seu apoio aos esforços das Nações Unidas para cessar o fogo e organizar um referendo no Sahara Ocidental.
No mês de Setembro de 2020, antes do início da guerra no Sahara Ocidental, a Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento dinamarquês pediu ao ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros que fornecesse informações suficientes e precisas quanto à posição do governo sobre a política de desinformação de Marrocos relativamente aos produtos originários do Sahara Ocidental ocupado. O mecanismo dinamarquês salientou a este respeito que o governo dinamarquês é obrigado a cumprir o direito internacional e os acórdãos do Tribunal de Justiça Europeu (TJE), apelando à necessidade de exibir toda a informação relacionada com o país de origem dos produtos, especialmente os provenientes dos territórios ocupados do Sahara Ocidental e da Palestina.
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