por Isabel Lourenço - Esquerda.net - 10 de maio 2025
Em 2025, cumprem-se 50 anos desde o início da ocupação ilegal marroquina do Saara Ocidental. Meio século de violência, repressão, e políticas deliberadas de substituição populacional. Desde novembro de 2020, quando Marrocos violou o cessar-fogo, o conflito armado foi retomado.
Em 2025, cumprem-se 50 anos desde o início da ocupação ilegal marroquina do Saara Ocidental. Meio século de violência, repressão, e políticas deliberadas de substituição populacional e apagamento sistemático da presença saharaui. Este marco trágico não pode ser assinalado com silêncio. Pelo contrário, exige uma análise crítica sobre as formas como a ocupação se sustenta — não apenas pela força militar, mas também por mecanismos de exclusão económica, substituição laboral e cumplicidade internacional.
O modelo marroquino de colonização não depende da exploração da força de trabalho saharaui. Depende da sua eliminação estrutural. O trabalhador saharaui é marginalizado, desempregado, silenciado. Nos territórios ocupados, os marroquinos são incentivados a instalar-se com benefícios fiscais, habitação e empregos no setor público e privado, enquanto os saharauis são empurrados para a pobreza, a exclusão e a repressão. O objetivo é claro: apagar a presença indígena para cimentar a ocupação.
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Minas de fosfato em Bou Craa, territórios ocupados do Sahara Ocidental

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