Suelma Beiruk |
Argel,
14 nov (EFE).- A vice-presidente do Parlamento Africano, Suelma Beiruk, repudiou
as declarações do ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros, Saleheddin
Mezuar, o qual argumentou que a decisão de a expulsar deveu-se ao facto de
querer entrar em Marrocos com o passaporte da República Árabe Saharaui
Democrática (RASD).
Suelma
Beiruk declarou aos meios de informação saharauis que quando há uma semana chegou
a Marraquexe para participar na conferência sobre o clima COP22 ia acreditada pelo
Parlamento Africano e mostrou o seu passaporte diplomático africano.
"As
declarações do funcionário marroquino não têm fundamento e confirmam que Marrocos
não cumpre com o seu compromisso de respeitar os organismos internacionais e
continentais e persiste em defender a tese colonial no Sahara Ocidental", afirmou.
O
ocorrido foi dado conhecimento às instâncias superiores "junto com todas as
provas que desmentem as declarações dos responsáveis marroquinos, as quais
foram já entregues à ONU e à União Africana", acrescentou.
Marrocos
e o povo saharaui mantêm um aceso conflito desde que em 1975 o exército marroquino
aproveitou a incerteza política em Espanha para ocupar os territórios da antiga
colónia do Sahara Ocidental.
Entre
1975 e 1991, Marrocos e a independentista Frente Polisario travaram uma guerra
que causou centenas de mortos e obrigou grande parte do povo saharaui a viver
refugiado no deserto.
O
acordo de paz firmado em 1991 estipula a convocação de um referendo de
autodeterminação do povo saharaui a que Rabat, até ao momento, colocou diferentes
impedimentos. EFE
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