Os
25 presos políticos saharauis do Grupo de Gdeim Izik condenados a duríssimas
penas por um tribunal militar marroquino na madrugada do dia 17 de fevereiro de
2013, vão agora, passados quase 4 anos, responder perante um Tribunal Civil.
Tal como antes, o seu delito continua a ser o mesmo: o de terem organizado a
maior manifestação pacífica na História do Sahara Ocidental, desde que Marrocos
ocupou a antiga colónia espanhola em 1975.
Após
nove dias de julgamento e sete horas de deliberação o tribunal militar
marroquino condenou então nove ativistas a cadeia perpétua, quatro a 30 anos de
prisão, dez a penas entre 20 e 25 anos e os dois últimos a dois anos de
cárcere.
O
regime de Marrocos, acossado e acantonado no seu isolamento, procura agora uma
saída para uma situação que criou e que é condenada pela generalidade da
opinião pública e instituições internacionais... Passar o caso para os
tribunais civis, mas, não certamente por acaso, escolheu a data de 26 de
dezembro para impedir a presença de observadores internacionais, uma vez que
coincide com as datas festivas do Natal.
A
18 de Outubro, o grupo de Gdeim Izik, atualmente detido em El Arjat, recebeu o
parecer individual para cada um dos 21 presos políticos do Tribunal Penal Civil
de Rabat a informar que os recursos apresentados em 2013 tinham sido aceites.
A
decisão do Tribunal Penal Civil (TPC) datava de 27 de Julho deste ano e os
presos apenas foram informados a 18 de Outubro, o sistema judicial marroquino,
reteve esta informação durante 82 dias.
Já
depois da decisão do TPC o grupo foi transferido de prisão e vítima de maus
tratos e espancamentos arbitrários e recorrentes.
Apela-se
a todos os observadores internacionais e jornalista que participem neste
julgamento.
Fonte:
Porunsaharalibre.org e Aapso
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