quinta-feira, 31 de outubro de 2013

38 anos da invasão marroquina do Sahara Ocidental: Brahim Gali reafirma a determinação do povo saharaui

 

O Embaixador da República Árabe Saharaui Democrática, RASD, Brahim Ghali [um dos fundadores da Frente Polisario e durante muitos anos ministro de Defesa da RASD e chefe da sua 2.ª região militar] reafirma, em declarações à Rádio Argélia Internacional,- por ocasião do 38.º aniversário da invasão marroquina do Sahara Ocidental, a 31 de outubro de 1975 -  a "determinação e firmeza" do povo saharaui em "arrebatar" os seus legítimos direitos à autodeterminação e à independência.

Gali qualificou o início da invasão marroquina de momentos de incerteza para o povo saharaui, que não via nenhum horizonte para se livrar das forças invasoras.

"Foi o início de uma guerra de extermínio e da doutrina expansionista marroquina, de que nenhum país da região se livrou … ", explicou o Embaixador.

Brahim Gali recorda que o Rei de Marrocos, Hassan II, via o Sahara Ocidental como um território cheio de recursos naturais "mas ignorava todo um povo determinado a defender o que era seu". "Esta subestimação do Rei Hassan II refletiu-se no seu discurso quando disse que, para as suas Forças Armadas Reais, seria uma questão de duas semanas turísticas ", acrescentou.

O diplomata sublinhou que o direito do povo saharaui é reconhecido por todo o mundo e a questão não está ignorada como o era nos inícios da invasão. Afirmando:  "o objetivo marroquino de exterminar o povo saharaui não foi conseguido apesar das fossas comuns, os desaparecimentos forçados, as prisões, a repressão e as violações sistemáticas dos direitos humanos".

"Marrocos é um país invasor que continua a desafiar a legalidade internacional e as resoluções da ONU. Esta intransigência faz sofrer o povo marroquino e os povos da região que não vêm a edificação do Magrebe Árabe", concluiu.


(SPS)

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