O Embaixador da República
Árabe Saharaui Democrática, RASD, Brahim Ghali [um dos fundadores da Frente
Polisario e durante muitos anos ministro de Defesa da RASD e chefe da sua 2.ª
região militar] reafirma, em declarações à Rádio Argélia Internacional,- por
ocasião do 38.º aniversário da invasão marroquina do Sahara Ocidental, a 31 de
outubro de 1975 - a "determinação e
firmeza" do povo saharaui em "arrebatar" os seus legítimos direitos
à autodeterminação e à independência.
Gali qualificou o início da
invasão marroquina de momentos de incerteza para o povo saharaui, que não via nenhum
horizonte para se livrar das forças invasoras.
"Foi o início de uma
guerra de extermínio e da doutrina expansionista marroquina, de que nenhum país
da região se livrou … ", explicou o Embaixador.
Brahim Gali recorda que o Rei
de Marrocos, Hassan II, via o Sahara Ocidental como um território cheio de
recursos naturais "mas ignorava todo um povo determinado a defender o que
era seu". "Esta subestimação do Rei Hassan II refletiu-se no seu discurso
quando disse que, para as suas Forças Armadas Reais, seria uma questão de duas
semanas turísticas ", acrescentou.
O diplomata sublinhou que o
direito do povo saharaui é reconhecido por todo o mundo e a questão não está
ignorada como o era nos inícios da invasão. Afirmando: "o objetivo marroquino de exterminar o
povo saharaui não foi conseguido apesar das fossas comuns, os desaparecimentos forçados,
as prisões, a repressão e as violações sistemáticas dos direitos humanos".
"Marrocos é um país
invasor que continua a desafiar a legalidade internacional e as resoluções da
ONU. Esta intransigência faz sofrer o povo marroquino e os povos da região que
não vêm a edificação do Magrebe Árabe", concluiu.
(SPS)
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