As declarações do ministro marroquino
dos Negócios Estrangeiros, Abdellatif Mezouar, ao diário Al Ahdath Almaghribiya
confirmam as palavras do presidente saharaui Mohamed Abdelaziz sobre a
confrontação de Marrocos com a comunidade internacional.
"A Frente Polisario colocou Marrocos
em conflito com a ONU, os vizinhos, a União Africana e os observadores
internacionais", afirma o presidente saharaui.
Efetivamente, Marrocos está procurando
impedir um novo périplo regional do Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara
Ocidental, Christopher Ross.
Segundo o último relatório do Secretário-Geral
da ONU, Ban Ki-moon, as partes estão convidadas a responder às "duas questões
chave da orientação dada pelo Conselho de Segurança: o conteúdo de uma solução política
e a forma da autodeterminação".
"Peço à comunidade
internacional, em particular aos Estados vizinhos e ao Grupo de Amigos a contribuir
com a sua assistência para este esforço. Se apesar disto, não houver nenhum progresso
antes de abril de 2015, terá então chegado o momento de convidar o Conselho a
examinar o enquadramento global que estabeleceu em abril del 2007 para o processo
de negociação", acrescentou.
Estas são as duas perguntas que incomodam
Marrocos que não quer ouvir falar de autodeterminação nem de legalidade
internacional. E o trabalho de Christopher Ross gira em torno destas duas
preguntas. É por isso que não é bem-vindo a Rabat.
Marrocos obriga, desta maneira, o Conselho
de Segurança a passar ao Capítulo VII (*) para resolver o conflito do Sahara Ocidental
Fonte: Notícias
del Sahara
(*) O Capítulo VII da Carta da ONU prevê
a adoção de resoluções com caráter obrigatório pelo Conselho de Segurança, que podem ser seguidas por medidas para fazer
cumprir as suas decisões.
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