segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Tema do Sahara Ocidental marcou IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos na Universidade de Coimbra

Alguns membros da organização do Congresso com a equipa do documentário 'Legna'

Depois de oito edições realizadas em várias cidades ibéricas, foi a vez da Universidade de Coimbra ser a anfitriã do IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos “África hoje: tempos e espaços de transformação”, que teve lugar entre os dias 10 e 13 de setembro de 2014 na Universidade de Coimbra, Portugal.

Na sessão de encerramento do IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos, o Sahara Ocidental esteve também presente na intervenção do professor e intelectual José Luís Pires Laranjeira (Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra). O professor centrou a sua intervenção na solidariedade com a causa saharaui, desde a vertente intelectual e universitária, através da leitura do Manifesto de escritores internacionais em apoio do direito de autodeterminação do povo saharaui.

No manifesto pede-se a adesão de escritores de todo o mundo à criação de uma plataforma internacional de escritores e intelectuais e uma viagem aos acampamentos de refugiados e aos territórios libertados e ocupados do Sahara Ocidental. A finalidade desta ação é sensibilizar sobre a situação que atravessa a luta do povo saharaui, quarenta anos depois da invasão do seu território por Marrocos.

Durante o Congresso houve uma ampla participação em torno do tema do Sahara Ocidental. Quarta-feira, 10 de setembro, foi inaugurado o Congresso com a projeção da película ganhadora da XI Edição do Festival Internacional de Cinema do Sahara, FiSahara 2014, "Legna: habla el verso saharaui" (Espanha, Sahara Ocidental, 95 minutos), com comentários dos realizadores Juan Ignacio Robles, Juan Carlos Gimeno e Bahia Awah, e de Vivian Solana, membro da equipa de investigação da película.

Os professores Juan Ignacio Robles e Juan Carlos Gimeno

Durante o Congresso foram apresentadas várias intervenções relacionadas com o Sahara Ocidental.

   Alicia Campos Serrano. “Política, território e imaginários no conflito do Sahara”.

   Francesco Correale. “Os anos 1956-1958 no relato dos refugiados saharauis. Desafios políticos, posições das testemunhas e identidade”. Este estudo faz parte de um trabalho mais amplo, realizado em colaboração com Alberto López Bargados, da Universidade de Barcelona.

   José A. Rodríguez Esteban e Diego A. Barrado Timón. “As transformações no território como respostas de Espanha ao ‘imbroglio’ de identidades no Sahara Atlântico (1956-1963)”.


   Juan Carlos Gimeno Martín e Juan Ignacio Robles Picón. "Am elhuyum" História e histórias na construção nacional do Sahara Ocidental por volta de 1958”. 

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