Asociación Pro Derechos Humanos de España
Sahara Ocidental
Gdeim Izik: 08 de novembro de 2010, destruição do acampamento da dignidade pelas forças ocupantes marroquinas... |
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Pede ao Governo Espanhol que assuma as responsabilidades de Estado (1975),
denunciando a ilegalidade dos Acordos de Madrid e atuando em consequência.
Se quer
aderir à Campanha Internacional da APDHE, você pode fazê-lo no seguinte link: http://apdhe.org/?page_id=1397
A Asociación Pro Derechos Humanos de España manifesta o seu apoio à nova
denúncia apresentada por diversas organizações civis contra o Governo espanhol
pela venda de armas a Marrocos, não obstante a ocupação ilegal que mantem no Sahara
Ocidental e a dura e continuada ação repressiva a que vem submetendo o povo
saharaui desde 1975. É indubitável que Marrocos utilizará essas armas para fazer
frente ao movimento de protesto em que está imerso o Sahara Ocidental, com o objetivo
de assegurar a exploração ilegal das grandes riquezas deste território, exploração
que recentemente ampliou com a concessão a empresas petrolíferas estrangeiras
de licenças para a prospeção de hidrocarbonetos em águas saharauis.
É revoltante
que seja o Governo de Espanha — a quem a ONU nunca deixou de reconhecer como a
potência responsável do território pendente de descolonização do Sahara Ocidental
—, o principal fornecedor de armamento com que Marrocos intenta consumar o genocídio
saharaui. Mais ainda tendo em conta que estas responsabilidades obrigam a Espanha
a cumprir o art. 73 da Carta das Nações Unidas onde se estabelece que, “Os membros
das Nações Unidas que tenham ou assumam a responsabilidade de administrar
territórios cujos povos não tenham alcançado ainda a plenitude do governo próprio,
reconhecem o princípio de que os interesses dos habitantes desses territórios estão
acima de tudo”.
Desde
1976, incumprindo a legalidade internacional, os Governos espanhóis vêm-se
aferrando a um alegado acordo assinado a 14 de novembro de 1975, o chamado
"Acordo de Madrid" a que a ONU nunca deu validade jurídica para
justificar o seu silêncio sobre a tragédia sofrida pelo povo saharaui.
Portanto,
o Governo da Espanha deve denunciar este acordo, exigir a libertação de todos
os presos e detidos saharauis, e exigir a defesa imediata e a proteção dos Direitos
Humanos no território não autónomo do Sahara Ocidental pendente de
descolonização.
Enquanto
a Espanha não assumir as suas responsabilidades como potência administrante do
Sahara Ocidental, a APDHE prosseguirá a sua Campanha Internacional de Denúncia dos
"Acordos de Madrid", por serem estes a origem do drama humanitário
saharaui.
Nem
o governo anterior do Sr. Zapatero nem o atual do Sr. Rajoy, mostraram a menor
consideração para as justas exigências expressas por milhares de cidadãos de
mais de cem países já aderiram a esta campanha internacional, que exige o seguinte:
1) A
Denúncia dos “Acordos de Madrid”
2) A
devolução da nacionalidade usurpada a todos os saharauis recenseados em 1975, seus
descendentes, e a todos aqueles que possam demonstrar com a documentação correspondente,
esse direito.
3) A
entrega do Território Não Autónomo do Sahara Ocidental às Nações Unidas, para
que se possa proteger de imediato os habitantes dos territórios ocupados e, posteriormente,
se possa realizar o referendo de Autodeterminação.
Por
todo isso, exigimos ao atual Governo Espanhol que resolva com dignidade e
valentia a injustiça cometida desde 1975 contra todo um povo e seus descendentes,
dando cumprimento à legalidade internacional que estabelece que as potências
administrantes de povos colonizados pendentes conclusão da sua autodeterminação,
devem "assegurar o seu progresso político, económico, social e educativo,
o justo tratamento desses povos e sua proteção contra todo e qualquer tipo de abuso"
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