Argel, 15/12/14 (SPS)-. Os participantes na 5.ª
Conferência internacional de Argel “O direito dos povos à resistência: o caso do
povo saharaui” apelaram na capital argelina a fazer de 2015 o Ano da independência
do Sahara Ocidental.
“Devemos fazer do ano
de 2015, o Ano da independência do
Sahara Ocidental conforme as resoluções da ONU sobre a descolonização”, afirmou o presidente
das associações africanas ativas sob a bandeira da União Africana.
Nesse sentido, a presidente da Associação de
Solidariedade com o Povo Saharaui na África do Sul, Keita Maika, denunciou as
“detenções arbitrárias” levadas a cabo pelas autoridades marroquinas contra os
defensores dos direitos humanos e pediu aos países africanos a fazerem maiores esforços
para tornar realidade o “sonho” do líder africano falecido Nelson Mandela,
referente à completa descolonização do continente africano.
O presidente do Comité Tunisino de Solidariedade
com o Povo saharaui, Diaa Mohamed, destacou que a causa saharaui “não é um
conflito de fronteira entre Marrocos e a Argélia e entre Marrocos e a Mauritânia,
mas uma questão de descolonização.” Acrescentando que “é uma questão jurídica que
aguarda uma solução imposta pela legalidade internacional ”.
Conferência
de Argélia reafirma legitimidade da luta do povo saharaui
A 5ª edição da conferência internacional de
Argel reafirmou este domingo a justa e legítima luta do povo saharaui contra a
ocupação marroquina.
Em declaração publicada no termos dos
trabalhos, os participantes encorajaram os saharauis a prosseguir a sua luta pela
liberdade e a dignidade e exigiram a libertação “imediata” de todos os presos
políticos saharauis; solicitaram ainda uma “investigação imparcial” nos casos
de desaparecidos saharauis.
Os participantes pediram à ONU a que ponha em
prática as suas próprias resoluções sobre o Sahara Ocidental, através da
organização de um referendo de autodeterminação para o povo saharaui.
O comunicado da Conferência Internacional de
Argel condena e denuncia as graves violações dos direitos humanos cometidos pelo
Estado marroquino nas zonas ocupadas do Sahara Ocidental; também exige o termo
do saque sistemático dos recursos naturais saharauis.
A conferência lança um apelo à ONU e aos
diversos organismos especializados a proporcionarem assistência humanitária adequada
aos refugiados saharauis.
Os participantes no evento instaram o enviado
pessoal do Secretário-Geral de la ONU, Christopher Ross, a “continuar a sua
mediação” entre as duas partes no conflito (Marrocos e Frente Polisario).
Depois de pedirem que se fortaleça a solidariedade
internacional com a questão saharaui, os participantes condenaram a posição “parcial”
da França” que bloqueia qualquer resolução a favor da solução deste conflito” e
pediram à União Europeia a rever os seus acordos comerciais com Marrocos.
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