domingo, 15 de maio de 2016

Primeiro-ministro tunisino esquiva-se, pela segunda vez, a armadilha marroquina




O Chefe de Governo da Tunísia, Habib Essid, foi convidado para uma visita oficial a Marrocos de 9 a 11 de Fevereiro de 2016. Mas ele foi obrigado a adiar a sua visita quando se apercebeu que o rei de Marrocos havia-lhe preparado uma armadilha. Ele ia recebê-lo na cidade de El Aaiún, capital do Sahara Ocidental ocupado por Marrocos numa tentativa clara de perturbar as relações da Tunísia com a Argélia.

Mohamed VI, zangado, esquivar-se-ia ao encontro com o primeiro-ministro tunisino visitando a China. Aliás, segundo a imprensa marroquina, Habib Essid apenas se avistou com o seu homólogo marroquino, Abdelilah Benkirane.

Habib Essid, em entrevista à televisão oficial, teve que se esquivar de uma outra armadilha relacionada com o Sahara Ocidental. "Qual é a sua opinião sobre a questão da integridade territorial de Marrocos e os grandes investimentos anunciados por sua Majestade o rei nas nossas províncias do sul e qual é a sua opinião sobre a última resolução do Conselho de Segurança sobre o nosso Sahara?". Esta a pergunta que lhe foi colocada pela jornalista marroquina, o que equivale a uma das duas posições: ou ela queria provocar o responsável tunisino ou então ela é estúpida que nem uma porta.

Espantado com a pergunta, e após uma breve pausa, o prim3eiro-ministro tunisino respondeu: "A Tunísia apoia os esforços das Nações Unidas no Sahara Ocidental".

Importa recordar, que o SG da ONU, Ban Ki-moon, também recusou a proposta do rei Mohamed VI de o receber em El Aaiún. Razão pela qual, Marrocos não autorizou a aterragem do SG da ONU na capital saharaui. Em resposta ao desafio marroquino, Ban Ki-moon decidiu visitar a sede da MINURSO que se encontra na localidade de Bir Lehlou, no coração dos territórios libertados saharauis e onde a Frente Polisario proclamou, a 27 de Fevereiro de 1976, a República Árabe Saharaui Democrática.


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