sexta-feira, 13 de novembro de 2020

SG da Frente Polisario envia uma carta ao Secretário-Geral da ONU após o ataque marroquino as saharauis em Guerguerat


A Frente Polisario envia uma carta a António Guterres, Secretário-Geral da ONU após o ataque marroquino contra civis saharauis em El Guerguerat.

Correcção de artigo anterior veiculado pelo diário ECSaharaui: segundo um comunicado da direcção da Frente POLISARIO parace não ter havido mortos nem terem sido feitos priosioneiros nos confrontos que ocorreram esta madrugada no extremo sudoeste do Sahara Ocidental. A confirmar.

El Guerguerat, 13 novembro de 2020. - (ECSAHARAUI) - “É com grande urgência e preocupação que escrevo para informar que as forças militares marroquinas lançaram um ataque brutal contra civis saharauis desarmados que se manifestavam pacificamente em El Guerguerat, no sudoeste do Sahara Ocidental.

A operação militar das forças marroquinas contra civis saharauis é um acto de agressão e uma violação flagrante do cessar-fogo que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança deveriam condenar nos termos mais veementes.

Perante este acto de agressão, as forças militares da Frente POLISARIO viram-se obrigadas a enfrentar as forças marroquinas em legítima defesa e proteção da população civil.

Consideramos o Estado ocupante marroquino totalmente responsável pelas consequências da sua operação militar e pedimos às Nações Unidas que intervenham urgentemente para pôr termo a esta agressão contra o nosso povo e o nosso território.

O facto de a ação militar ter lugar nas vésperas de um encontro entre o Secretário-Geral da ONU e a Frente POLISARIO, agendada para hoje, demonstra claramente que a operação é um ato premeditado de agressão do Estado ocupante para torpedear os seus esforços para dissipar as tensões e ultrapassar a situação em Guerguerat.

Com o desencadear desta operação militar hoje, o Estado ocupante marroquino minou gravemente não só o cessar-fogo e os acordos militares relacionados, mas também qualquer possibilidade de alcançar uma solução pacífica e duradoura para a questão da descolonização do Sahara Ocidental.

Ficaria grato se levasse esta carta ao conhecimento dos membros do Conselho de Segurança."

 

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