terça-feira, 16 de março de 2021

António Guterres admite a guerra no Sahara Ocidental e reconhece as dificuldades no trabalho da MINURSO

 


O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, reconheceu esta segunda-feira o reatamento da guerra no Sahara Ocidental, depois de Marrocos ter violado o cessar-fogo a 13 de Novembro de 2020.

Num relatório oficial apresentado para aprovar o orçamento da missão da MINURSO para o período de Julho de 2021 a Julho de 2022, o Secretário-Geral da ONU apontou os confrontos militares actualmente em curso entre os exércitos saharauis e marroquinos.

No seu relatório, Guterres manifesta preocupação com a continuação dos confrontos armados, e disse que a missão da MINURSO irá exercer os seus esforços para a cessação das hostilidades.

O Secretário-Geral salientou que "a missão da MINURSO enfrenta agora grandes desafios após o recomeço da guerra e preocupações de segurança, especialmente em áreas próximas do muro militar".

Guterres afirma que a missão da MINURSO continuará as suas atividades no domínio da observação e do trabalho com as duas partes - Marrocos e a Frente Polisario - a fim de encorajar a cessação das hostilidades e reduzir as tensões, bem como de prestar apoio contínuo ao Enviado Pessoal do Secretário-Geral no desempenho das suas funções a partir do momento da sua nomeação, incluindo apoio durante as suas visitas à região. Comprometeu-se também a facilitar o trabalho do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na implementação do programa de medidas de incentivo uma vez retomado o programa, e a prestar apoio logístico à delegação de observadores da União Africana.

O Secretário-Geral exortou os Estados membros das Nações Unidas, organizações não governamentais e representantes dos meios de comunicação social a abordarem as questões do Sahara Ocidental, nomeadamente através de visitas à região.

Fonte: ECS

 

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