domingo, 14 de março de 2021

Presos políticos Saharauis: Um apelo à ONU e à Cruz Vermelha Internacional para salvar Haddi.

 


JUNTA-TE À CAMPANHA  DESTA MÃE SAHARAUI

O jornalista saharaui está em greve da fome há 61 dias numa prisão marroquina. A família,sem notícias, pede provas de vida de Mohamed Lamin Haddi, que está a cumprir uma pena de prisão de 25 anos. Uma Campanha dirigida à ONU e ao Comité Internacional da Cruz Vermelha pedindo a libertação de Haddi.

 

artigo de Contramutis

A família de Haddi e a sua advogada pedem, em declaração de 13 de Março, uma prova de vida para Mohamed Lamin Haddi, o jornalista saharaui encarcerado em Marrocos que está em greve da fome há mais de 60 dias e do qual não há notícias.

As autoridades marroquinas afirmam que ele está de boa saúde e não está em greve da fome, mas não dão provas disso. Desde 25 de fevereiro que a família não tem notícias dele e, além disso, alegam que o Procurador do Rei não respondeu à queixa da advogada Maître Ouled de 2 de Fevereiro, nem a direcção da prisão respondeu aos pedidos para o ver.

Face à obstinação de Marrocos em esconder a sua situação, a sociedade civil está a reagir. Não compreende que os organismos internacionais responsáveis pelos direitos humanos ignorem um facto tão notório, que está também a ter lugar num país que assinou importantes acordos internacionais sobre o respeito pelos direitos humanos.

Daí a campanha para exigir a liberdade de Haddi, que visa dar voz a Munina, a sua mãe, e divulgar o pedido urgente para a sua proteção e libertação. Munina pede pelo seu filho e pede a sua libertação juntamente com todos os presos políticos saharauis, todos eles em prisões marroquinas e condenados injustamente. Exige a sua transferência para o seu país, o Sahara Ocidental. Solicita a solidariedade e a intervenção urgente das organizações internacionais de direitos humanos e do Comité Internacional da Cruz Vermelha.

A campanha consiste numa carta e num vídeo da mãe, e apresenta um leque de possibilidades, incluindo petições directas à Cruz Vermelha Internacionale ao Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, com um texto comum precedido por um título para cada peticionário.

Também contempla ações perante partidos políticos, instituições públicas e organizações de defesa dos direitos humanos, e divulgação nas redes com mensagens comuns tais como #FREEDOMHADDI #LIBERTADPRESOSPOLITICOSSAHARAUIS.

 



Haddi não teve escolha

A campanha denuncia a situação de Haddi desde a sua detenção na sequência dos acontecimentos de Gdeim Izik, a sua sentença de 25 anos, os maus tratos a que foi sujeito e a sua transferência para fora do território ocupado do Sahara Ocidental em violação das Convenções de Genebra, e distanciando-o da sua família.

Esta campanha tem como objectivo envolver políticos, ativistas, organizações de solidariedade e os meios de comunicação social.

Tendo esgotado outras tentativas de protestar sem ser ouvido, Haddi sentiu que a greve de fome era a única forma de se fazer ouvir. Ele já não tinha nada a perder após quase 4 anos em solitária, exactamente desde 17 de Setembro de 2017.

A ausência de notícias suscita preocupações e questões sobre o seu destino para a família. Para o verem, viajaram de El Ayoun para a prisão marroquina, Tiflet2, a mais de 1200 km de distância, sem que as autoridades marroquinas lhes permitissem visitá-lo.

A família, ainda em Rabat, exige transparência e justiça para Haddi.

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