O recomeço da guerra que se seguiu à quebra marroquina do cessar-fogo em vigor desde 1991, e a pandemia, têm dado cobertura a um recrudescimento da repressão contra ativistas, jornalistas e presos políticos saharauis no território ocupado e nas cadeias marroquinas.
Perante esta situação, a Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental (AAPSO), exorta o Governo português, no quadro da presidência do Conselho da UE, a solicitar com urgência a intervenção do Comité Internacional da Cruz Vermelha, através de uma visita independente e do acompanhamento direto e permanente dos presos políticos e da proteção das famílias saharauis, assim como a encorajar a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, a providenciar a curto prazo uma missão ao Sahara Ocidental;
insta as e os deputados da Assembleia da República a condenar com clareza a repressão e violação dos Direitos Humanos de que são alvo as cidadãs e os cidadãos saharauís por parte das autoridades de ocupação e a exigir a realização do referendo de autodeterminação, única maneira de pôr fim a esta situação inaceitável;
apela à comunicação social a que não oculte e, pelo contrário, dê a conhecer o que se passa no Sahara Ocidental, em todos os aspectos da vida política, económica, social e quotidiana do povo saharaui, relembrando sempre o quadro jurídico internacional do território;
incentiva as e os jornalistas a encontrarem formas de demonstrar a sua solidariedade para com os colegas saharauis que arriscam a sua vida, e a dos seus próximos, para furar o bloqueio informativo a que o povo saharaui está sujeito desde há décadas;
reafirma a sua determinação em contribuir para que se fortaleça em Portugal e em todo o mundo o movimento de solidariedade para com a causa saharaui, para que prevaleça a justa aplicação do Direito Internacional e se encerre o ciclo colonial em África.
No dia de hoje, juntamos a nossa voz à de Munina Haddi, na sua exigência de visitar o seu filho, Mohamed Lamin Haddi, preso político que corre perigo de vida, e com ela apelamos a que tudo seja feito para a sua libertação.
A justificação desta tomada de posição encontra-se no texto na íntegra: Sahara Ocidental: a escalada de violações dos direitos humanos é inaceitável
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