Nova York, 16 de abril de 2021 (EUA) - Christopher Ross, o ex-enviado do SG da ONU para o Sahara Ocidental a quem sucedeu o também demissionário ex-presidente alemão alemão Horst Kohler, fez uma intervenção durante um importante seminário online organizado pela American Bar Association na cidade de Nova York, na quarta-feira. Afirmou que um Estado Saharaui seria, uma vez instaurada a segurança, um Estado estável e próspero como resultado da sua experiência na construção, gestão e governação, e graças a uma riqueza de experiência que o poderia colocar na vanguarda dos países estáveis.
Ross, que que foi enviado pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental durante vários anos, acrescentou que isso lhe permitiu olhar atentamente para a vida económica, social e política nos territórios libertados e nos campos de refugiados. E teve também a possibilidade de visitar as cidades ocupadas. O Sahara Ocidental será um país capaz de viver e sobreviver e deu como exemplos cada uma das repúblicas da Guiana e Suriname na América do Sul, que têm as mesmas condições e a mesma área e não sofrem de problemas de existência.
E o antigo enviado pessoal do SG da ONU disse: "Para julgar a capacidade de um país para o fazer, devem ser tidos em conta vários critérios, incluindo governação, riqueza, segurança e defesa.
E, no caso do Estado saharaui, se formos nessa direcção, isso conduzirá certamente a um Estado viável. Acrescentou que, "no que diz respeito à questão da governação, a Frente Polisario conseguiu organizar e prover as necessidades de um grande número de refugiados nos campos nas últimas décadas, e, creio, que o mesmo se aplica com toda a credibilidade ao Sahara Ocidental, caso o gerisse como um país independente, com os seus recursos naturais. O Sahara Ocidental tem uma enorme riqueza e fontes de rendimento, incluindo fosfatos, pescas, minerais, uma área de circulação e transporte, para além de um sector turístico em desenvolvimento”.
Voltando à necessidade de estabilidade na região e no mundo, Ross afirmou que, no que diz respeito a questões de segurança e defesa: “Acredito que a existência do exército da Polisario tem o poder e certamente a capacidade de proteger as fronteiras e manter a segurança interna e não hesitará em cooperar com Marrocos e os países vizinhos. Para atingir este objectivo”.
Ross afirmou ter registado, durante as sessões de negociação entre a Frente Polisario e o Reino de Marrocos, a que presidiu, o desejo e a vontade da Polisario de cooperar e coordenar com os países vizinhos, incluindo Marrocos, para manter a paz e a segurança, e negou, na mesma ocasião, que o Estado saharaui esteja sob o domínio dos seus vizinhos”.
Christopher Ross falou da sua admiração pelas características da sociedade saharaui, sobre as quais disse: "Qualquer pessoa que visite os campos ficará grato pelo tipo de sociedade que existe, pela tolerância que existe. Há cristãos a estudar inglês abertamente num país profundamento muçulmano e ninguém os os contraria, e há esforços árduos para impedir a infiltração de elementos radicais nos campos”.
Agência SPS - traduzido do Árabe
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