O Parlamento Europeu prepara uma contundente resolução que critica em termos muito duros a atuação de Marrocos durante a recente crise fronteiriça com Ceuta - artigo do EL CONFIDENCIAL
Por A. A. K. A. P.
09/06/2021 - 14:58 Atualizado: 09/06/2021 - 16:51
O Parlamento Europeu está a preparar uma contundente resolução que critica em termos muito duros as ações "injustificáveis" de Marrocos durante a recente crise fronteiriça com Ceuta, quando cerca de 9.000 migrantes, incluindo milhares de menores, atravessaram para o enclave espanhol ante a passividade, se não encorajada, pelas forças de segurança do reino de Alauita. O texto da resolução, que se aprovado seria a primeira crítica aberta a Rabat emitida pelos legisladores europeus em 25 anos, será debatido e votado quinta-feira no plenário do Parlamento Europeu. No documento, ao qual El Confidencial teve acesso, parlamentares de várias famílias políticas (com excepção do grupo de extrema-direita Identidade e Democracia, que não participou na elaboração da resolução) criticam Rabat por utilizar "o controlo fronteiriço e a migração, especialmente de menores não acompanhados, como pressão política contra um Estado-Membro da UE". Acrescentam, "[o Parlamento Europeu] deplora, em particular, o envolvimento de crianças, menores não acompanhados e famílias na travessia de massas, pondo claramente em risco a sua vida e segurança".
A iniciativa partiu na semana passada dos deputados europeus Ciudadanos, que inetegram grupo parlamentar Renovar Europe (Renew Europe), como forma de denunciar a "chantagem" de Marrocos sobre a Espanha e a UE. Os termos do texto que será finalmente posto à votação foram um pouco atenuados, mas os diplomatas e peritos consideram que ainda é muito contundente e crítico em relação ao papel de Marrocos nesta última crise fronteiriça, além de sublinharem uma vez mais que a posição da União Europeia sobre o Sahara Ocidental não mudará. "[O Parlamento Europeu] recorda que Ceuta é uma fronteira externa da UE cuja proteção e segurança diz respeito a toda a União Europeia", diz o texto, que tem em consideração várias resoluções europeias, tais como o Acordo UE-Marrocos de 2019.
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